Negros fugitivos das plantações nos EUA buscavam liberdade no sul, rumo à cidade mais antiga prometida como santuário religioso. História documentada sobre leis escravistas no Território continental.
No ano de 1750, uma embarcação chegou às costas do Brasil, trazendo consigo um grupo de africanos que haviam sido capturados e vendidos como escravos. Esse episódio marcou o início de uma triste história de exploração e sofrimento que duraria por séculos. Os povos africanos foram submetidos a condições desumanas e tiveram suas vidas drasticamente alteradas pela escravidão.
As pessoas escravizadas enfrentaram inúmeras dificuldades ao longo de suas vidas, privadas de liberdade e tratadas como mercadorias. Os escravos africanos escravizados foram forçados a trabalhar exaustivamente em plantações e em residências de seus senhores, sem qualquer tipo de direitos ou dignidade. A luta pela liberdade foi constante entre os escravos, que resistiam bravamente em busca de um futuro melhor.
Fuga da Escravidão nas Carolinas
Os viajantes eram fugitivos negros que conseguiram escapar da escravidão em uma plantação britânica nas Carolinas. Após chegarem às terras livres, dirigiram-se para o centro da cidade em busca de liberdade.
Santuário Religioso em Saint Augustine
Ao se apresentarem diante do governador de Saint Augustine, os fugitivos explicaram que estavam pedindo proteção e desejavam se tornar católicos. Eles sabiam que aquele assentamento espanhol era um santuário religioso que oferecia liberdade aos africanos escravizados que se convertessem ao catolicismo.
Desafios da Jornada pela Liberdade
Os perigos da viagem para a liberdade incluíam enfrentar jacarés, panteras, cobras venenosas e caçadores de escravizados. Além disso, a escassez de comida e água tornava a travessia ainda mais desafiadora. Mesmo com todos os obstáculos, a promessa de liberdade era um risco que valia a pena para muitos.
Legislação e Sociedade em Saint Augustine
A cidade de Saint Augustine, mais antiga cidade do Território continental dos EUA, possuía leis escravistas bem diferentes das colônias britânicas. Os espanhóis, seguindo a antiga lei romana, permitiam que pessoas escravizadas tivessem certos direitos e proteções, como o direito à liberdade através do serviço militar ou conversão ao catolicismo.
Criação do Forte Mose
Na tentativa de proteger seu território, o governador de Saint Augustine construiu o Forte Mose em 1738. Este tornou-se o primeiro assentamento negro livre legalmente sancionado nos EUA, abrigando uma pequena comunidade de americanos negros anteriormente escravizados.
Conflitos e Resistência
Após um ataque britânico ao Forte Mose, seus residentes – homens negros e guerreiros Yamasee – se uniram para defender seu território. A comunidade, mesmo enfrentando adversidades, lutou por seus direitos sob o domínio espanhol, que oferecia mais proteção do que o domínio britânico.
Declínio e Legado de Saint Augustine
Com a venda da Flórida aos britânicos em 1763, a pequena ilha de liberdade representada por Saint Augustine chegou ao fim. Os residentes tiveram que partir para Cuba, mantendo-se sob o domínio espanhol. O legado de Saint Augustine, porém, vive na história dos americanos negros livres que se estabeleceram na região.
Renascimento em Lincolnville
Após o fim da Escravidão, a comunidade em Lincolnville floresceu, destacando-se no movimento pelos direitos civis. Com uma rica história de resistência e integração, Lincolnville é um farol de liberdade que honra o legado dos negros libertos que ali se estabeleceram.
Preservação da Memória e Cultura
Tanto o Forte Mose reconstruído quanto o Museu e Centro Cultural de Lincolnville preservam a história e a cultura da comunidade negra livre em Saint Augustine. Exposições interativas e eventos destacam os desafios enfrentados e as conquistas alcançadas ao longo dos anos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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