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Catherine D’Ignazio afirma em seu novo livro sobre feminismo de dados: laboratório dos sonhos, métodos computacionais, igualdade de gênero, história e ativismo.
Catherine D’Ignazio, ou Kanarinka, como é conhecida, é uma figura proeminente no cenário acadêmico e tecnológico. Ela é professora no MIT e lidera o Data + Feminism Lab, um espaço inovador que promove a igualdade de gênero e raça por meio da análise de dados e métodos computacionais. Além de suas habilidades como artista, designer e cientista de dados, Catherine se destaca por seu comprometimento com o feminismo em todas as suas atividades e pesquisas.
O trabalho de Catherine reflete o engajamento do movimento feminista na busca por uma sociedade mais justa e igualitária. Sua atuação como pesquisadora e ativista demonstra como a intersecção entre tecnologia e feminismo pode gerar impactos positivos e transformadores. Catherine D’Ignazio é um exemplo inspirador de como é possível utilizar o conhecimento e a inovação em prol da luta pelos direitos das mulheres e minorias, contribuindo para a construção de um mundo mais inclusivo e diverso.
Feminismo: Movimento de Transformação e Igualdade de Gênero
Em 2020, em colaboração com Lauren Klein, Catherine D’Ignazio lançou o livro Data Feminism, explorando a interseção entre a história do ativismo feminista e o pensamento crítico para promover práticas mais éticas e igualitárias na ciência de dados. Agora, ela apresenta Counting Feminicide: Data Feminism in Action, um estudo detalhado sobre o uso de dados para combater a violência de gênero.
Numa extensa conversa com AzMina, Catherine discutiu a importância do feminismo de dados, destacando suas aplicações práticas e seu potencial para revolucionar um campo historicamente dominado por homens.
No cenário contemporâneo, é crucial questionar a origem e o propósito dos dados, quem os produz, quem os utiliza e com qual finalidade. Catherine enfatiza a necessidade de uma abordagem crítica, especialmente sob uma perspectiva feminista, que reconhece as dinâmicas de poder subjacentes e desafia a invisibilidade dessas questões nos discursos tradicionais.
O Papel do Feminismo na Carreira Acadêmica e Científica
Catherine D’Ignazio compartilhou sua trajetória acadêmica, marcada por uma imersão precoce no mundo da tecnologia, influenciada pelo incentivo de seu pai. Desde cedo, ela se envolveu com computadores e, ao longo do tempo, combinou sua paixão por Arte e Design com Desenvolvimento de Software. Sua jornada a levou ao laboratório de mídia do MIT em 2012, durante um período de grande entusiasmo em torno da ciência de dados, precursora da atual era da Inteligência Artificial.
A falta de questionamento crítico no campo da ciência de dados foi um ponto de virada para Catherine, que se propôs a introduzir uma abordagem mais reflexiva e, particularmente, feminista. Ela destaca a importância de considerar as questões de poder inerentes à produção e uso de dados, desafiando as narrativas dominantes e buscando uma análise mais inclusiva e consciente.
Desafios e Aliados: Superando Barreiras de Gênero
Questionada sobre as barreiras de gênero que enfrentou em sua carreira, Catherine compartilha experiências de discriminação e desigualdade, como a subestimação de suas habilidades técnicas e a limitação de suas oportunidades com base em estereótipos de gênero. No entanto, ela ressalta sua determinação em resistir a essas mensagens limitantes e buscar seu espaço no campo da tecnologia.
Apesar dos obstáculos, Catherine reconhece o apoio de colegas homens que a incentivaram e colaboraram com seu desenvolvimento profissional. A presença de aliados foi fundamental para sua jornada, demonstrando a importância de solidariedade e mentorias inclusivas no combate às desigualdades de gênero no ambiente de trabalho.
Fonte: @ Nos
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