Farmacêutica investe R$ 1,3 bilhão em fábrica brasileira para reduzir custo de produção do Ozempic e do Wegovy, produtos que faturam R$ 3,3 bilhões no Brasil.
A Novo Nordisk, multinacional farmacêutica dinamarquesa, se prepara para enfrentar o desafio da expiração da patente no Brasil dos medicamentos Ozempic e Wegovy, dois de seus blockbusters, com o término da exclusividade sobre a molécula da semaglutida. Essa perda de exclusividade, prevista para ocorrer em menos de dois anos, representa um desafio significativo para a empresa, que busca manter sua competitividade no mercado farmacêutico brasileiro.
Para mitigar esse impacto, a Novo Nordisk está investindo pesadamente na modernização e expansão de sua fábrica em Montes Claros, Minas Gerais. Esse esforço bilionário visa não apenas aumentar a capacidade de produção, mas também melhorar a eficiência e a inovação em suas linhas de produção. “A modernização de nossa fábrica é crucial para permanecermos competitivos no mercado brasileiro”, enfatiza um representante da empresa. Com essa estratégia, a Novo Nordisk busca manter sua posição de liderança no mercado farmacêutico, mesmo diante da perda de exclusividade sobre a semaglutida. “Estamos comprometidos em oferecer soluções inovadoras para os pacientes brasileiros”.
Investimento bilionário na produção de enzimas
A Novo Nordisk, uma empresa farmacêutica dinamarquesa, está investindo R$ 500 milhões em sua unidade fabril brasileira, totalizando R$ 1,36 bilhão em 2024. O objetivo é triplicar a produção da enzima enteroquinase até 2027, essencial para a produção de dois de seus medicamentos mais vendidos no mundo, o Ozempic e o Wegovy. Esses medicamentos são exportados para mais de 70 países, garantindo o abastecimento global.
A demanda por produtos da Novo Nordisk teve uma explosão no mundo, explicando a importância da ampliação da fábrica de enzimas em Montes Claros. A empresa viu a possibilidade de o Brasil ser um fornecedor global de enzimas, garantindo um diferencial competitivo.
Crescimento global e corrida pelos genéricos
O resultado global do terceiro trimestre da Novo Nordisk explica a decisão da companhia. O aumento nas vendas do Wegovy foi de 79% entre julho e setembro deste ano, com um faturamento global de 34 bilhões de coroas dinamarquesas (R$ 28,8 bilhões). O crescimento geral das vendas foi de 24% sobre o terceiro trimestre de 2023.
Com a corrida pelos genéricos da semaglutida, laboratórios nacionais demonstraram interesse em produzir o composto ativo. A Novo Nordisk investe em solo nacional para reduzir os custos da fabricação do medicamento, garantindo condições de competir com quem for lançar o genérico da semaglutida.
Impacto da perda de fatia de mercado
A Novo Nordisk trabalha para minimizar o possível impacto da perda de parte da fatia de R$ 3,3 bilhões das vendas dos dois remédios no Brasil, decorrente da chegada dos genéricos. A empresa busca garantir sua competitividade no mercado, investindo na produção de enzimas e reduzindo os custos de fabricação.
Fonte: @ NEO FEED
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