Reunião marcada no canal oficial para quarta, enviar vídeos ou manifestações orais até o prazo, apesar de problemas técnicos.
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu postergar para a próxima semana a discussão sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no país.
A preocupação com os possíveis danos à saúde provocados pelos cigarros eletrônicos tem levado diversos países a adotarem medidas mais restritivas em relação ao uso desses dispositivos eletrônicos para fumar. É importante promover o debate aberto e responsável sobre os vapes, buscando o equilíbrio entre a liberdade individual e a proteção da saúde pública.
Reunião Adiada por Problemas Técnicos no Canal Oficial de Transmissão
A reunião agendada para esta quarta-feira (17) foi postergada devido a contratempos técnicos e operacionais identificados no canal oficial de transmissão da agência no YouTube, que não foram resolvidos até as 18h do dia anterior. Com essa mudança, o prazo para envio de vídeos contendo manifestações orais de interessados foi prorrogado até as 18h de quinta-feira (18). Todos os vídeos enviados conforme o edital publicado serão transmitidos durante a reunião. A Anvisa enfatizou seu compromisso absoluto com a transparência e a segurança das informações.
Desde 2009, uma resolução da agência proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, também conhecidos como vape. No ano passado, a diretoria colegiada aprovou por unanimidade um relatório técnico que ressaltava a necessidade de manter a proibição desses dispositivos e implementar medidas adicionais para combater o comércio ilegal, como ações de fiscalização e campanhas educativas.
A Evolução dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar
Os dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente chamados de cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido), tiveram diversas transformações desde sua criação em 2003. Inicialmente disponíveis como produtos descartáveis, evoluíram para versões recarregáveis com líquidos que possuem propilenoglicol, glicerina, nicotina e aromatizantes, em sistemas abertos ou fechados. Outras variações incluem produtos de tabaco aquecido e sistemas pods que contêm sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido.
Consulta Pública e Contribuições Recebidas
Em dezembro, a Anvisa abriu uma consulta pública para que indivíduos interessados pudessem participar do debate sobre dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil, apresentando argumentos científicos e relatos relevantes sobre o tema. A proposta de resolução em discussão era a manutenção da proibição vigente. A consulta pública foi encerrada em fevereiro, com a agência recebendo 7.677 contribuições antes do prazo final.
O Perigo dos Cigarros Eletrônicos para a Saúde
Apesar de serem comercializados com aromas e sabores atraentes e prometerem ser menos prejudiciais que os cigarros tradicionais, os cigarros eletrônicos contêm, em sua maioria, nicotina – uma substância psicoativa que causa dependência. A nicotina presente nos vapes é líquida e possui alto poder de alcance, atingindo o cérebro em questão de segundos após a inalação, liberando substâncias químicas que proporcionam uma sensação imediata de prazer. Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), a nicotina presente nos cigarros eletrônicos é altamente perigosa para a saúde.
Fonte: @ Agencia Brasil
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