Pequenas empresas americanas estão mais atrativas após o rali do S&P 500, com valuation interessante e perspectivas macroeconômicas favoráveis.
As sete grandiosas, referência à Globo, Bradesco, Ambev, Banco do Brasil, Petrobras, Vale e Eletrobras, capturaram a atenção dos investidores. Com um expressivo crescimento recente, elas têm impulsionado os resultados do Ibovespa, o principal índice da B3 com as maiores empresas brasileiras. Entretanto, para os analistas da gestora brasileira Aurora Investimentos, os ‘momentos de destaque’ podem estar se esgotando.
Nesse cenário, surge uma oportunidade para as empresas de menor tamanho ganharem espaço e capitalização no mercado. A competição acirrada entre as gigantes pode abrir portas para novos players conquistarem seu público e alcançarem o sucesso no cenário econômico atual. É um momento de transição que promete movimentar o panorama das finanças e trazer novas perspectivas para o mundo dos investimentos. Pequenas empresas
Pequenas caps: um olhar diferenciado sobre as Empresas
A observação da companhia especializada em empresas de menor capitalização (small e middle caps) fundada em 2004, com cerca de US$ 1,4 bilhão sob gestão, vai além das correções recentes de alguns papéis nos últimos dias. O destaque vai para a Nvidia, que perdeu o equivalente a três Petrobras em um único dia, em 3 de setembro.
George McCabe, fundador e CIO da Portolan, destaca que houve grande ênfase na inteligência artificial e nas capacidades dessas empresas em investir bilhões em tecnologia. No entanto, a relação preço/lucro se esticou e elas enfrentam a pressão de manter resultados crescentes ou enfrentar possíveis correções significativas.
McCabe ressalta que os investidores têm concentrado seus portfólios nos últimos anos e que é hora de diversificar. As ações de menor capitalização foram deixadas de lado devido aos resultados fracos recentes, especialmente impactadas pelo aumento das taxas de juros.
Enquanto o S&P500 teve um aumento de 90% nos últimos cinco anos, o Russell 2000, que reflete as duas mil ações de menor capitalização da bolsa americana, subiu apenas 44%. Esse desempenho inferior resultou em uma crise específica para as small caps, que foram menos favorecidas no mercado focado em crescimento.
Com as mudanças nas perspectivas macroeconômicas e a possibilidade de redução nas taxas de juros, as ações de valor ficaram subavaliadas. O mercado ignorou as teses de valor em favor das de crescimento, porém, McCabe acredita que as empresas de valor estão mostrando sinais de recuperação após períodos difíceis.
A Portolan selecionou empresas que conseguiram gerar valor nos últimos anos e estão com preços atrativos. Os setores em destaque são saúde, tecnologia e consumo, com enfoque nos Estados Unidos, mas atenção às oportunidades em outras regiões.
Atualmente, a gestora está menos exposta à tecnologia devido à alta nos valuations e prefere empresas resilientes que não dependam diretamente do PIB para crescerem, como no setor de saúde.
Uma das principais posições da Portolan é a Lantheus Holdings, uma empresa de medicina de imagem que obteve um crescimento de aproximadamente 72% apenas este ano. Outra empresa em destaque é a The Honest Company, de produtos naturais para bebês, fundada por Jessica Alba, que teve uma valorização de 185% em um ano. A estratégia da gestora está focada em empresas menores, mas com grande potencial de crescimento.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo