Ministério da Educação valoriza carreira de professores. Diagnóstico dos desafios para equilibrar oferta e demanda no país.
Em uma audiência pública realizada na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o Ministério da Educação (MEC) discutiu as causas da escassez de professores nas escolas. A reunião, ocorrida na quinta-feira, 12 de dezembro, teve a participação da Secretaria de Educação Básica (SEB) e foi solicitada pela deputada e professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP).
Para debater essa questão, o MEC contou com a presença de docentes, profissionais da educação e outros educadores que contribuíram com suas experiências e insights sobre o assunto. A falta de professores é um problema que afeta a qualidade do ensino e exige soluções urgentes. É fundamental valorizar os mestres e oferecer condições adequadas para que eles possam exercer sua profissão com dignidade.
Desafios da Educação Básica no Brasil
O Censo Escolar de 2022, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, revela um desafio significativo para a educação básica no Brasil: a escassez de professores. Com cerca de 2,3 milhões de professores na educação básica, o país enfrenta um apagão docente que afeta tanto escolas públicas quanto privadas.
Lucianna Magri, coordenadora-geral de Formação de Professores da Educação Básica do MEC, destaca que a desvalorização e o apagão docente são preocupações do Ministério da Educação. Para tentar amenizar essa questão, o MEC organizou um grupo de trabalho com representantes da sociedade civil, universidades e associações para discutir a formação inicial de professores.
O Novo Plano Nacional de Educação (Novo PNE) 2024-2034, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, também aborda a questão do apagão docente. Magri ressalta que é essencial elaborar um diagnóstico detalhado dos desafios para equilibrar a oferta e a demanda por professores no país.
Entre os apontamentos desse diagnóstico, estão a necessidade de atrair estudantes do ensino médio para os cursos de licenciatura, garantir a permanência e conclusão nos cursos, oportunizar o ingresso nas redes estaduais e municipais por meio de concursos públicos e oferecer formação adequada.
A coordenadora enfatiza que é fundamental atrair os jovens para a carreira do magistério e garantir que os estudantes de licenciatura permaneçam nos cursos. Além disso, é necessário melhorar a regulação dos cursos de licenciatura ofertados na modalidade à distância, garantindo que pelo menos 50% do curso seja presencial.
Participantes e Discussões
A audiência contou com a participação de outros especialistas, incluindo João Moura, coordenador-geral da Assessoria Especial de Educação e Cultura em Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; João Ribeiro, auditor federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União; Letícia Benrdt, procuradora da República; Márcia Longuinho, professora de Educação Especial da Rede Estadual de São Paulo; e a representante da Secretaria de Educação Básica do MEC.
Esses participantes discutiram a importância de abordar a escassez de professores e a necessidade de melhorar a formação docente no Brasil. Eles também destacaram a importância do Novo Plano Nacional de Educação em abordar essas questões e promover mudanças significativas na educação básica do país.
Fonte: © MEC GOV.br
Comentários sobre este artigo