Geir Jordet critica responsabilidade de treinadores na preparação psicológica de jogadores, momento de maior comportamento esportivo.
A atitude de Dorival Júnior antes da decisão por pênaltis entre Brasil e Uruguai tem gerado discussões desde a noite de sábado. No entanto, há bastante tempo a conduta dos técnicos nesse cenário é objeto de análise e investigação pelo psicólogo norueguês Geir Jordet. A pressão e a tensão dos pênaltis são elementos que desafiam a mente dos jogadores e dos treinadores, influenciando diretamente no desempenho em momentos decisivos.
As cobranças de pênaltis são momentos cruciais que exigem preparo mental e emocional dos envolvidos. A postura dos treinadores, como a de Dorival Júnior, pode impactar significativamente a confiança e a concentração dos jogadores durante as cobranças. A abordagem psicológica de Geir Jordet traz insights valiosos sobre como lidar com a pressão das cobranças de pênaltis, contribuindo para o entendimento desse aspecto fundamental do futebol.
Geir Jordet: Importância da Preparação Psicológica para Cobranças de Pênaltis
Geir Jordet, renomado PhD em psicologia esportiva e especialista em futebol, destaca a relevância da preparação psicológica dos jogadores para as cobranças de pênaltis. Em seu livro ‘Pressão: lições da psicologia da disputa de pênaltis’, que será lançado no Brasil em 2024, ele aborda a necessidade de os treinadores estarem presentes e ativos na escolha dos batedores.
Para Jordet, o comportamento dos treinadores, especialmente nos momentos de maior pressão, como as decisões por pênaltis, é crucial. Ele critica a prática comum de delegar a preparação e orientação para os auxiliares, ressaltando que os jogadores precisam do líder presente nesses momentos decisivos.
O especialista ressalta que muitos times não estão devidamente preparados para as cobranças de pênaltis, devido à falta de prioridade nos treinamentos. Segundo ele, os jogadores acabam pagando o preço por essa negligência, perdendo as cobranças e sofrendo as consequências.
Jordet também enfatiza a responsabilidade dos treinadores na escolha dos cobradores de pênaltis, criticando a prática de os próprios atletas se apresentarem para bater. Ele destaca que essa decisão deve vir de cima, e não ser uma escolha individual dos jogadores.
Além disso, o pesquisador analisou diversas disputas de pênaltis em competições renomadas, como a Copa do Mundo e a Liga dos Campeões, desde 1976. Suas pesquisas incluem entrevistas com jogadores sobre seus pensamentos, emoções e experiências com as cobranças de pênaltis, totalizando mais de 700 análises.
Dorival Júnior e a Preparação para Pênaltis
Após a eliminação na Copa América, Dorival Júnior explicou sua decisão de se manter fora da roda dos jogadores antes da disputa de pênaltis. O treinador justificou que preferiu conversar individualmente com cada jogador, reforçando o que haviam treinado desde o início da preparação em Orlando.
Dorival ressaltou a importância do treinamento de penalidades, prevendo a possibilidade de enfrentar essa situação nas partidas. Sua abordagem destaca a orientação e responsabilidade dos treinadores na preparação psicológica dos jogadores para momentos decisivos como as cobranças de pênaltis.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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