Tricolor vence Maranhão, confirma melhor campanha com uma rodada de antecedência. Partida dominada, lance protagonizado pelo camisa 8.
A torcida do Bahia lotou a Arena Fonte Nova para mais uma partida emocionante do time. Com um futebol envolvente, o Tricolor baiano garantiu uma vitória importante contra o Maranhão, consolidando-se como um dos favoritos da Copa do Nordeste.
O gol do Bahia veio em um momento crucial do jogo, mostrando a força e determinação da equipe. O Tricolor não se abalou com as tentativas do adversário e se manteve firme na busca pela vitória, conquistando mais um resultado positivo para sua torcida apaixonada.
Partida dominada pelo Bahia, mas com perigo no fim
No fim do jogo e com o placar magro, o Bahia ainda viu o Maranhão levar perigo. Mas a equipe conseguiu se segurar, alcançou o objetivo e agora só cumpre tabela em jogo desta quarta-feira, contra o Botafogo-PB, pela última rodada da primeira fase do Nordestão.
Na entrevista coletiva após a partida, Rogério Ceni fez uma análise da campanha do Bahia. – Avalio como extremamente positiva [a primeira fase]. É difícil estar sempre focado com tantas viagens, tantos jogos. Mas o espírito vencedor sempre esteve com os jogadores. Poderia ser mais fácil, mas é complicado manter a concentração sempre.
Lance protagonizado por Biel e atuações individuais
Tivemos algumas mexidas hoje, os atletas vieram de um clássico, em que você perde muita energia, foco. Valorizo muito o que os jogadores fizeram até agora, claro que só tem valor se você for campeão. Mas eu fico feliz com o que foi feito de 6 de janeiro até agora – analisa o técnico.
+ Biel recebe terceiro cartão amarelo e desfalca o Bahia contra o Botafogo-PB
+ Atuações do Bahia: Jean Lucas se destaca, e Ademir dá novo fôlego contra o Maranhão No jogo deste domingo, Rogério Ceni não teve o atacante Everaldo e o meia Cauly, que foram poupados. O treinador avaliou o peso das ausências, sobretudo a do camisa 8.
– Nós trouxemos os atletas que a equipe médica nos permitiu trazer. Os jogadores que não vieram foi porque não reuniram condições suficientes por questões físicas. Mudamos um pouco a característica. Sem o Cauly é lógico que muda, mas não deixamos de criar, de ter controle e atacar. Tivemos a oportunidade de selar o placar mais cedo.
Entrevista coletiva de Rogério Ceni e análise tática
Claro que Cauly faz falta, mas em determinados jogos ele não vai jogar. O time não deixou de criar e de ter volume, mas jogou com uma intensidade um pouco abaixo do que joga normalmente. Líder e classificado antecipadamente, o Bahia fecha a participação na primeira fase da Copa do Nordeste nesta quarta-feira, quando enfrenta o Botafogo-PB, no Almeidão, às 21h30 (horário de Brasília).
Modelo de jogo e dificuldades de adaptação no Bahia
Campanha e único tropeço contra o River-PI
– Aquilo não foi um tropeço, é impossível jogar lá. Para um time que coloca a bola no chão e quer jogar, aquelas situações não permitem avaliação. Você pode ganhar ou pode perder, não vai ter futebol bonito, mesma coisa contra o Juazeirense.
Campanha na primeira fase
– Acho que a gente sempre tem expectativa alta do Bahia. Dominamos o jogo, não tivemos efetividade na hora que criamos, mas vencemos o nono jogo aqui. Acho que sempre terá dificuldade, as pessoa talvez vendam um mundo que não existe.
Às vezes a gente ganha, mas parece que a gente está sempre abaixo da expectativa, enquanto outros times estão sempre acima da gente. Mas chegamos a 18 pontos em uma competição em que o outro grupo me pareceu um pouco mais forte e equilibrado. E nós enfrentamos todos os times de lá, com exceção do Botafogo-PB, garantindo o primeiro lugar geral com antecedência.
Vamos fazer o necessário para nos preparar da melhor forma para os jogos seguintes da competição. O Caio Alexandre saiu machucado, o Arias ainda está na Seleção… Vamos nos preparar com o que temos para os jogos mais importantes para a gente.
Preparação física e último terço do campo
Jogo com menos acertos de passes. O que houve?
– Soube que estava tendo jogo aqui no gramado ontem.
Não sei em que ocasião foi, mas não deveriam usar assim, apesar de ser um equipamento público. Isso atrapalha, o gramado sofre e a bola quica mais. Vi com bons olhos a nossa criação. Acho que foi o jogo com menor intensidade, não como o que teve mais erros de passes. Por mais que você queira motivar, a intensidade baixa. Mas mesmo assim passamos poucos sustos e vencemos.
Depois de tantos jogos em pouco tempo, acho importante destacar a nossa vitória.
Análise do trabalho e mudanças no time
– O que mais altera para gente é quando sai um atleta como o Cauly. Ele não tem um substituto, não adianta. É difícil um jogador como ele não jogar de titular em outros clubes.
Esse modelo de jogo foi criado em função desses quatro jogadores (Everton, Cauly, Jean e Caio). O Yago substitui o Everton, marca mais até, mas é difícil ser um 10 de movimentação como o Everton. O Biel tem talento para jogar e fazer a função do Cauly, mas é difícil ser tão cerebral como o Cauly. O Jean Lucas é difícil achar um 8 como ele.
O problema é que os outros clubes trocam jogadores do mesmo padrão. O modelo de jogo não é de criação, a maioria é reativo.. Você tem uma boa marcação, os velocistas, e jogam no erro do adversário. – Quando você tem que construir o tempo todo, normalmente cai o nível. Quantos carros você conhece que fazem de 0 a 100 km/h em três segundos? Muito pouco. De três a quatro segundos já tem bem mais.
Acima disso, tem 50 ou mais modelos. É difícil trocar uma peça dessa e manter o mesmo padrão de jogo. As dificuldades que nós temos são quando mudamos essas peças em que o modelo de jogo foi criado. E difícil se adaptar em uma partida mudando essas peças. A gente tenta trazer características parecidas, mas é difícil.
Tem peças que conseguimos reatar, mas ainda tem algumas peças que ainda faltam para gente ou ainda vão chegar. É difícil você segurar os 90 minutos quando as peças vão cansando.
Preparação física e goleiro Moisés
Como está a preparação para o Brasileiro?
– Honestamente, nós vamos começar essa semana a nos preparar na parte física. Até agora a gente só se desgastou.
Faz muito tempo que não trabalhamos a parte física. Tentamos fazer a parte tática, mas o intervalo de um jogo para o outro é muito pequeno. Vamos ter que criar uma condição para que a gente tenha um prazo um pouco maior entre esses jogos para ser mais competitivos, assim como o rival (o Vitória), que tem muita força física e exige muito mais desgaste para a construção.
Temos que estar fisicamente mais inteiros para esses dois jogos. Goleiro da final do Baiano
– Isso nós vamos ver, temos tempo para observar e fazer as nossas escolhas. Atuação do goleiro do Maranhão
– Acho que o Moisés foi bem, fez umas dez defesas. Dá pra dizer que nem foi vazado pelos jogadores do Bahia, já que o gol foi contra.
Aqui os goleiros gostam de desencantar, mas isso também é sinal de que estamos criando e temos ofensividade para exigir uma atuação como essa. Mas também é um alerta para melhorar nossa finalização.
O que falta para um último passe melhor?
– Eu grito o jogo inteiro e cobro eles o jogo inteiro. É difícil.
O Juba, por exemplo, joga de lateral, mas às vezes vem para o centro, que são funções totalmente distintas. O Marcos Victor entra como lateral ou terceiro zagueiro para fechar. É difícil o jogador tomar uma decisão exata. Sabe por que se erra muito no último terço do campo? É o lugar mais complicado de se jogar. O goleiro dificilmente erra um passe, porque não tem um homem nas suas costas.
Mas quando chega no último terço do campo as coisas apertam. O gramado já fica mais irregular, e é o lugar mais problemático, ainda mais contra um time fechado. – A gente consegue muito pelos jogadores talentosos que tem dar esses passes e criar essas chances. A frente da área é a parte mais difícil de acessar, e vai também do contexto do jogo. Nós vamos trabalhar.
Primeiro vamos pensar o que vamos fazer para esse jogo de quarta. O grupo já não é muito grande, aí o Caio saiu machucado, o Cauly estava com virose, Arias convocado… Temos que fazer treinamentos para melhorar a capacidade física e evitar as viagens para alguns atletas, ainda mais com as finais do Baiano pela frente.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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