Moradores da Vila Clara, zona sul, recriminam a violência policial e o pancadão.
Na esteira da recente onda de violência, a comunidade se encontra em um estado de alerta, com a polícia civil em busca de respostas. Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que Marcelo Amaral foi jogado da ponte, enquanto outro homem, baleado, permanece desaparecido. A tensão é palpável, com a possibilidade de um novo baile no próximo domingo pairando no ar, deixando os moradores em um estado de incerteza.
A presença constante da imprensa e das autoridades policiais no local onde o incidente ocorreu tem inibido ainda mais os moradores, que preferem não se identificar ao falar sobre o assunto. O baile do final de semana passado, que terminou em tragédia, ainda está fresco na memória de todos, e a perspectiva de um novo evento gera apreensão. Enquanto isso, a polícia continua sua investigação, buscando esclarecer os fatos e trazer justiça às vítimas. A busca por respostas é uma prioridade, mas a comunidade não pode deixar de se perguntar se o pancadão da semana passada foi um sinal de que algo está errado.
Conflitos e Expectativa no Baile Funk da Vila Clara
A atmosfera entre os moradores da Vila Clara, zona sul de São Paulo, é tensa após um policial militar ter jogado um homem da ponte. Enquanto alguns condenam a ação do PM, outros esperam ansiosamente pela continuidade do baile funk. A reportagem do Visão do Corre visitou o local e conversou com os moradores.
Receio e Desconfiança
Os moradores e comerciantes da região estão apreensivos com a presença de repórteres e policiais investigando o caso. Além disso, há um receio de represálias de forças oficiais ou não. Um atendente de uma adega vizinha à ponte expressou sua preocupação: ‘Sabe por que o pessoal não quer falar? Sabe o que acontece quando vocês forem embora? A comunidade está revoltada com polícia, barulho de moto, do baile.’
O Baile do Final
O Baile do Final, realizado aos domingos, é um evento popular na região. No entanto, as reclamações dos vizinhos e a repressão policial são constantes. A funcionária de um bar não abre o estabelecimento aos domingos, quando rola o baile. ‘Domingo não dá nem para sair na rua. Vi a cena depois, me mostraram o vídeo’, conta a cabeleireira com salão a poucos passos da ponte.
A Córrega do Cordeiro
A reportagem visitou o córrego do Cordeiro, onde Marcelo Amaral foi jogado. O canal é de concreto e a água que passa é rasa, não ultrapassa a altura de uma caneta. A queda de Amaral foi potencializada pela dureza do chão. ‘Sim, moram pessoas lá embaixo’, afirma um morador.
O Papel da Imprensa
A presença da imprensa no local é vista com desconfiança pelos moradores. Um funcionário de um bar presenciou o tumulto e confirma que os policiais afastaram quem tentou ajudar o homem arremessado da ponte. ‘É sempre assim, além do cara que jogaram, teve um baleado. Mas não coloca meu nome não, tio, cê é da imprensa’, diz ele.
Fonte: @ Terra
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