Variação concisa:
Análise leva em conta postura conservadora do Banco Central e ambiente global favorável ao câmbio em mercados emergentes, com moeda brasileira, ambiente global e mercados não surgindo sinal de ciclo de corte, com nível de stop em vigor.
Com a postura mais conservadora do Banco Central, o dólar pode enfrentar novos desafios nos próximos meses. Segundo a chefe de estratégia de câmbio e juros para Américas do Barclays, Andrea Kiguel, o real pode se fortalecer diante desse cenário.
Além disso, a valorização do real em relação ao dólar pode impactar positivamente as negociações de moedas-estrangeiras e fortalecer a economia local. A tendência é que os valores das moedas-nacionais sejam influenciados pela política monetária do Banco Central, refletindo em um cenário mais favorável para o mercado de moedas.
O dólar e as apostas do banco britânico
O banco britânico decidiu investir na valorização da moeda brasileira e vislumbra a possibilidade de o dólar retornar a operar abaixo de R$ 5. Na última sexta-feira, com o dólar encerrando o dia a R$ 5,10, o Barclays tomou uma posição de venda em dólar contra o real, indicando sua confiança na valorização da moeda brasileira. O banco estabeleceu como meta o dólar a R$ 4,95 e, como ponto de ‘stop’, o dólar a R$ 5,20.
A analista Kiguel destaca que o Banco Central provavelmente está próximo de uma pausa no ciclo de cortes, devido ao aumento das expectativas de inflação. Isso significa que o ‘carry’ deve sustentar a moeda no curto prazo, especialmente em um contexto global mais favorável para as moedas dos mercados emergentes. Ela também ressalta que o mercado está atento aos impactos macroeconômicos das enchentes no Rio Grande do Sul e como esses eventos afetam os indicadores econômicos.
Segundo a estrategista, os mercados devem continuar a precificar o fim do ciclo de cortes na taxa Selic nas curvas de juros, o que manterá um prêmio de risco elevado por enquanto. A volatilidade nos mercados de moedas-nacionais e moedas-estrangeiras reflete a incerteza em relação ao cenário econômico global, especialmente para os países emergentes.
O cenário global e a valorização do dólar
A valorização do dólar e as estratégias do banco britânico em relação à moeda brasileira refletem a dinâmica dos mercados financeiros globais. O Barclays aposta na força da moeda brasileira, com a expectativa de que o dólar possa voltar a operar abaixo de R$ 5. Essa movimentação está em linha com a visão de um ambiente global mais favorável para as moedas dos mercados emergentes.
Kiguel destaca que o Banco Central pode estar se aproximando de uma pausa no ciclo de cortes devido ao aumento das projeções de inflação. O suporte do ‘carry’ à moeda brasileira no curto prazo é crucial em meio a essas mudanças no cenário econômico. Os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul são monitorados de perto pelos investidores, pois podem impactar os indicadores locais e influenciar as decisões de política monetária.
A expectativa de um nível elevado de prêmio de risco nas curvas de juros reflete a cautela dos mercados diante do possível fim do ciclo de cortes na taxa Selic. A volatilidade nas moedas-nacionais e moedas-estrangeiras é um reflexo da incerteza global e das interações entre os diferentes mercados financeiros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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