O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, propõe a revisão da vida, ampliação do foro especial e revés ao colega com a troca de sete deputados.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, vem enfrentando desafios em sua relação com os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes em pautas recentes, o que tem gerado turbulências em sua posição de liderança na corte. Em embates judiciais, Barroso conseguiu vencer Moraes e teve suas argumentações prevalecendo em casos como a revisão da vida toda no cálculo das aposentadorias e em uma questão sobre sobras eleitorais que poderia resultar na substituição de sete deputados na Câmara dos Deputados.
A discordância de Gilmar ocorreu especialmente durante a interrupção da discussão acerca da ampliação do foro especial no Supremo Tribunal Federal, uma proposta apoiada pelo ministro decano. A divergência de ideias entre os magistrados revela os desafios de harmonia e consenso dentro do STF.
STF em foco: Conflitos e reviravoltas no Supremo Tribunal Federal
Na última sessão do Supremo Tribunal Federal, Barroso tomou uma decisão que paralisou o julgamento sobre um tema polêmico, ao pedir vista do processo quando já havia uma maioria de quatro votos a favor. O caso, que envolve questões eleitorais, ficou suspenso devido a um pedido de André Mendonça. Enquanto isso, uma discussão ríspida entre Barroso e Moraes no plenário se estendeu para fora das câmeras, aumentando a tensão no ambiente colegiado.
O presidente do STF, em um movimento inesperado, articulou nos bastidores uma mudança de posição do ministro Luiz Fux, que teve um papel decisivo no desfecho de um julgamento que terminou em 6 a 5. Esse episódio gerou desconforto entre os ministros, com relatos de irritação por parte de Moraes em relação a Barroso.
Em 2022, Moraes apresentou uma tese vencedora que permite a revisão mais favorável da vida previdenciária, incluindo salários antigos em outras moedas nos cálculos das aposentadorias. No entanto, o presidente do STF agiu de forma a reverter uma decisão anterior, aliviando as contas do governo federal em cerca de R$ 480 bilhões.
Essas reviravoltas no tribunal provocaram reações, com Barroso pedindo vista em um julgamento sobre a ampliação do foro especial, tema relevante que marcou sua atuação desde que entrou para o STF em 2013. Com quatro votos a favor da mudança da regra estabelecida por Barroso em 2018, a análise foi interrompida, mas Moraes adiantou seu voto para ampliar as possibilidades de investigações perante o STF.
Além disso, discursos e atitudes de Moraes em eventos públicos, como uma homenagem a Michel Temer, foram interpretados como mensagens ao presidente da corte. Críticas veladas e interferências nos processos judiciais revelam tensões internas e disputas de poder no Supremo Tribunal Federal, refletindo um cenário complexo e em constante evolução.
Fonte: © Direto News
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