Presidente dos EUA deve propor aumentar para 25% as tarifas de importação, visando produtos alvo e metalúrgicos da Pensilvânia, devido às práticas comerciais da China e possível retaliação.
Publicidade WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está planejando anunciar uma proposta para aumentar as tarifas de importação sobre metais da China, como parte de um conjunto de medidas para beneficiar os metalúrgicos do Estado da Pensilvânia. Em um esforço para agradar a indústria local, as novas tarifas propostas buscariam elevar para 25% as taxas sobre produtos chineses de aço e alumínio, superando a política anterior de Trump. Essa movimentação, no entanto, poderá gerar uma reação negativa por parte de Pequim, aumentando as tensões comerciais entre as duas potências.
Os produtos afetados pelos metalúrgicos da Pensilvânia são atualmente submetidos a uma taxa de até 7,5%, de acordo com a legislação de comércio dos EUA. Com esta nova proposta, Biden pretende fortalecer a indústria nacional e reequilibrar as relações comerciais, mesmo que isso implique em possíveis retaliações. A decisão de aumentar as tarifas é uma estratégia complexa que visa gerar impactos significativos no cenário internacional, marcando uma nova fase nas negociações comerciais globais.
Tarifas de Importação em Pauta nos EUA
O governo Biden está intensificando a pressão sobre o México para impedir que a China venda produtos de metal aos EUA de forma indireta. Paralelamente, está em andamento uma investigação sobre as práticas comerciais chinesas nos setores de construção naval, marítimo e logística. Essas ações podem resultar em novas tarifas sendo impostas.
Possíveis Reações e a Retaliação da China
Tais medidas, a serem anunciadas durante a visita de Biden à sede do sindicato United Steelworkers, provavelmente desencadearão respostas da China, em um momento de tensões crescentes entre as duas maiores economias globais. Durante a presidência de Trump, a imposição de tarifas resultou em retaliação da China com suas próprias taxas.
Foco na Pensilvânia e na Economia
A Pensilvânia, estado eleitoralmente crucial, está no centro dessa questão que pode influenciar a disputa eleitoral entre Biden e Trump. A economia, em meio a uma inflação persistentemente alta, é uma das principais preocupações dos eleitores, particularmente em regiões afetadas pela produção de aço.
Proteção da Produção Doméstica
Jared Bernstein, do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, salientou a importância de uma ‘intervenção direcionada’ para proteger o setor de aço dos EUA, evitando agravar a inflação. Biden e seu oponente republicano estão buscando apoio entre líderes sindicais e trabalhadores, visando fortalecer sua base eleitoral na Pensilvânia e Michigan.
Movimentos Apoiados pelo Sindicato
O sindicato dos trabalhadores de aço, que endossou as ações propostas por Biden, desempenha um papel significativo nesse contexto político e econômico. A iminência de possíveis tarifas adicionais e as reações esperadas da China acrescentam mais complexidade a um cenário já tenso no comércio internacional.
Fonte: @ Info Money
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