Programa Combustível do Futuro traz segurança jurídica para novos negócios com etanol, biodiesel, SAF, biometano e biomassa, consolidando o agronegócio na matriz de transportes pesados e no Programa de descarbonização com misturas volumétricas.
A aprovação do projeto de lei Combustível do Futuro pelo Congresso Nacional deve impulsionar o Brasil a um papel de liderança no mercado global de biocombustíveis, criando um ambiente de segurança jurídica que permitirá o desbloqueio de investimentos estimados em cerca de R$ 200 bilhões no País, de acordo com estimativa do Ministério das Minas e Energia. Isso deve atrair investidores e empresas que buscam apostar em biocombustíveis como uma opção sustentável para o futuro.
Com essa medida, o Brasil se consolidará como um dos principais players no mercado de combustíveis renováveis, contribuindo para a transição energética e a redução das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a bioenergia renovável se tornará uma opção mais viável e atraente para o setor privado, impulsionando a inovação e o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes. A energia renovável é o caminho para um futuro mais sustentável e o Brasil está pronto para liderar essa mudança.
Biocombustíveis: O Futuro da Energia Renovável
A criação de um marco legal para os biocombustíveis, previsto no Programa Combustível do Futuro do governo federal, deve impulsionar a integração do agronegócio com o setor energético do País. Além disso, essa medida deve acelerar novos modelos de negócios que estão sendo estruturados a partir de matérias-primas renováveis, como óleo de cozinha usado, gordura animal, lodo de esgoto, palmeira de dendê e macaúba, entre outras. Esses combustíveis renováveis são fundamentais para a transição energética do País.
O marco legal define mandatos de descarbonização da aviação, com o chamado combustível sustentável de aviação (SAF), inserção do HVO (diesel verde) na matriz de transportes pesados a partir de 2027 e a previsão para que o biometano passe a substituir o consumo de gás natural no País, além da exploração da biomassa. Além disso, o texto-base aprovado também ampliou as misturas volumétricas de etanol na gasolina e biodiesel no diesel, o que é um passo importante para a bioenergia no Brasil.
Avanços nos Biocombustíveis
A mistura do etanol na gasolina, por exemplo, deve ser de 27%, mas por meio de acordo, o Poder Executivo poderá reduzir a mistura do etanol para até 22% ou aumentar para até 35% na sanção da lei. Quanto ao biodiesel, que é misturado ao diesel de origem fóssil em 14% desde março deste ano, poderá ser acrescido um ponto percentual de mistura anualmente a partir de março de 2025 até atingir 20% em março de 2030. Essas medidas são fundamentais para a energia renovável no País.
O empresário Erasmo Carlos Battistella, CEO da Be8, líder nacional no setor de biodiesel, afirma que ‘com a aprovação da lei, começa uma nova jornada para bioenergia no Brasil’. Ele também destaca que o Brasil tem muita área agriculturável para ser explorada em segunda safra e regiões a serem recuperadas em áreas degradas para aumentar a produção de matéria-prima, que é ponto-chave quando se fala em biocombustíveis, em especial biodiesel e etanol.
Investimentos em Biocombustíveis
Marcos Fava Neves, professor da FGV-EAESP e especialista em biocombustíveis, prevê um grande fluxo de investimentos, principalmente em etanol – de cana de açúcar e de milho – e, na sequência, em biodiesel. ‘O etanol é uma fonte importante para o SAF e também ocupa papel relevante na mistura com a gasolina, e para misturas com outros combustíveis que estão sendo testados’, afirma Neves. O etanol de segunda geração, que tem uma pegada de carbono 30% menor quando comparado ao de primeira geração, é um exemplo dos novos negócios que estão surgindo no setor de biocombustíveis.
Fonte: @ NEO FEED
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