Inflação de agosto aponta esfriamento da economia americana, impulsionando apostas na manutenção do ritmo de cortes das taxas, de acordo com dados do PCE, influenciando a política monetária e o Produto Interno Bruto.
Os principais índices acionários de Nova York buscam manter a alta na manhã desta sexta-feira (27), enquanto os investidores analisam os dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de agosto, que foram bem recebidos pelo mercado e aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) continue com o ritmo de cortes significativos (de 0,5 ponto percentual) nos juros.
Essa tendência de alta nos índices acionários pode ser influenciada pela expectativa de que o Fed reduza as taxas de juro, o que pode impulsionar a economia. Além disso, os juros mais baixos podem estimular o consumo e o investimento, contribuindo para o crescimento econômico. A redução dos juros também pode ter um impacto positivo nos mercados financeiros, aumentando a confiança dos investidores e impulsionando a recuperação econômica.
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Por volta das 12h (de Brasília), o índice Dow Jones apresentava alta de 0,76%, enquanto o S&P 500 subia 0,23% e o movimento do Nasdaq era de estabilidade. Os dados do PCE, divulgados anteriormente, mostraram um aumento de 0,1% em agosto em base mensal, em linha com o consenso, e uma desaceleração em relação à alta de 0,2% de julho. Esse indicador é de grande importância para o mercado financeiro, pois é o ‘termômetro inflacionário’ do Fed, ou seja, é o dado utilizado na formulação de sua política monetária.
Ontem, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA revelaram uma economia ligeiramente mais forte do que a prevista por investidores. Com isso, as apostas de que o Fed promoveria um novo corte de meio ponto nos juros em novembro se enfraqueceram. No entanto, hoje, com a informação de que a inflação de agosto mostra uma alta de preços anualizada de 2,2% – bem próxima da meta de 2% do Fed -, investidores voltaram a sentir confiança num ritmo mais acelerado de queda nas taxas.
De acordo com a ferramenta do CME Group de medição das projeções para decisões do Fed, o grupo que vê mais um corte de 0,5 ponto saiu de 49% ontem para 54% hoje. Além disso, o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan subiu a 70,1 em setembro, acima do consenso de 69,3. A expectativa de inflação para 12 meses caiu para 2,7% e, para 5 anos, subiu para 3,1%.
Este cenário engatilha o apetite por risco, uma vez que juros menores estimulam a circulação de capital numa economia. Na ponta dessa sequência de eventos, as companhias listadas em bolsa tendem a reportar resultados melhores, impulsionadas pela melhora do consumo, redução do serviço das dívidas e mais oferta de crédito. Além disso, a redução das taxas de juro pode levar a um aumento no ritmo de cortes e uma política monetária mais flexível.
Impacto nos Investimentos
Com a possibilidade de um corte de meio ponto nos juros em novembro, os investidores estão mais otimistas em relação ao mercado. A redução das taxas de juro pode levar a um aumento no consumo e no investimento, o que pode impulsionar o crescimento econômico. Além disso, a melhora do sentimento do consumidor e a redução da expectativa de inflação para 12 meses são indicadores positivos para o mercado.
No entanto, é importante lembrar que a política monetária do Fed é influenciada por muitos fatores, incluindo o índice de preços, os dados do PCE e o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Portanto, é importante manter-se atento às notícias e aos dados econômicos para entender melhor o impacto das decisões do Fed nos investimentos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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