Edelman Trust Barometer 2024: População desconfia que Governo não integra novidades tecnológicas. Empresas são vistas como agentes confiáveis na colaboração com o Governo.
O mundo das inovações está sempre em constante evolução, trazendo novidades que impactam positivamente diversos setores da sociedade. A capacidade de adaptação e de implementação de soluções disruptivas é fundamental para acompanhar o ritmo acelerado das transformações tecnológicas e científicas.
Grandes empresas investem cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento para se manterem à frente no mercado, buscando inovações que revolucionem a forma como os produtos e serviços são oferecidos. As novidades apresentadas frequentemente abrem portas para soluções disruptivas que melhoram a qualidade de vida das pessoas e impulsionam o crescimento econômico.
Desconfiança pública e inovações tecnológicas
Mas, nos dias atuais, as boas-vindas às soluções disruptivas têm sido contidas devido à falta de confiança da população nas instituições que desenvolvem e implementam um novo recurso, solução ou ferramenta. No Brasil, a maioria das pessoas acredita que as inovações introduzidas na sociedade são mal administradas, conforme indicam dados do relatório Edelman Trust Barometer 2024 – uma tendência que aumenta as chances de resistência a uma nova tecnologia.
Neste contexto, a desconfiança pública recai, principalmente, sobre o Governo: apenas 46% dos entrevistados pela Edelman acreditam que a administração Federal é confiável o suficiente para integrar inovações à sociedade. A desconfiança se origina do fato de que 56% dos brasileiros acreditam que os reguladores governamentais não possuem entendimento suficiente sobre as inovações para regulá-las de forma eficaz.
Além disso, 61% dos respondentes afirmam que o governo e as organizações que patrocinam pesquisas estão interferindo diretamente no método científico, o que levou 57% dos entrevistados a expressar a preocupação de que a ciência tenha se politizado no País. Por outro lado, 63% dos respondentes acreditam nas empresas como os únicos agentes confiáveis para a promoção da integração de novas inovações ao contexto social.
A justificativa para essa confiança gira em torno da percepção de que as companhias possuem os recursos necessários para garantir que as novidades científicas e tecnológicas sejam seguras, benéficas e acessíveis ao público. Curiosamente, embora a desconfiança no Governo seja expressiva, 59% dos entrevistados afirmaram que confiariam mais nas empresas como condutoras das mudanças por meio da tecnologia se elas atuassem em colaboração com o Governo – um aumento de 6 pontos desde 2015.
Fonte: @ Mundo do Marketing
Comentários sobre este artigo