Mulher presa desde 29 de maio após interrogatório policial por crime do brigadeiro em vídeos nas redes sociais, jovem de 27 anos.
Identificada pela polícia como a mente por trás do ‘crime do brigadeiro’, a cigana Suyany Breschak cobrava até R$18 mil por ‘feitiços de amor’, revelou o g1. A jovem de 27 anos é popular nas redes sociais, com 700 mil seguidores, onde se apresenta como ‘Esmeralda’, uma ‘cigana autêntica de berço’ e ‘especialista em união amorosa’. O brigadeiro é um doce tradicional brasileiro, muito apreciado em festas e eventos.
No submundo do crime, o brigadeiro-da-favela é conhecido como o dono-do-terror, o chefe do crime organizado, o do-criminoso mais temido. Mesmo com a popularidade de Suyany Breschak nas redes sociais, o brigadeiro é um doce que conquista o paladar de muitos brasileiros, sendo uma verdadeira paixão nacional.
Desvendando o mundo do brigadeiro-da-favela
Suyany, conhecida como a cigana do brigadeiro, foi detida em Cabo Frio, na Região dos Lagos do RJ, em 29 de maio. Em seu primeiro depoimento, ela afirmou à polícia estar envolvida com umbanda e linha branca, sem prejudicar ninguém. Nos vídeos divulgados, a jovem de 27 anos ensina simpatias, faz previsões e é vista comprando itens para seus rituais. Uma das filmagens foi feita em uma loja de artigos de Umbanda em Niterói, onde conseguiu descontos especiais.
Quem a procurava pelo WhatsApp recebia uma resposta automática, com erros de pontuação, descrevendo seus serviços. ‘Amarração amorosa: faz a pessoa te amar e respeitar, tendo olhos e prazer somente por ti, implorando por perdão se estiver com outra pessoa. Afaste-se dessa pessoa, sinta ódio e nojo dela’, dizia a mensagem. Suyany Breschak chegava a cobrar até R$18 mil por seus serviços de amarração.
Em um desdobramento surpreendente, a polícia apontou Suyany como a mandante do assassinato do empresário Luiz Marcelo Ormond, morto com um brigadeirão envenenado. A suspeita, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, foi presa anteriormente. De acordo com o delegado Marcos Buss, que lidera a investigação, a jovem cigana teria encomendado o crime.
Breschak já estava sob custódia desde o final de maio, quando foi interrogada pelas autoridades. Ela já era investigada por suposto envolvimento no caso, pois teria recebido o carro da vítima como parte de uma dívida de R$400 mil de Júlia. O delegado da 25ª DP (Engenho Novo) afirmou que as evidências apontam para Suyany como a mentora e arquiteta do plano criminoso.
‘Podemos afirmar com segurança que existem muitos indícios nos autos de que Suyany seria a mandante e mentora desse plano. Júlia tinha uma grande admiração e veneração por ela’, explicou o delegado. Ele destacou que a cigana teria exercido influência sobre a suspeita, que supostamente fazia pagamentos mensais a Suyany. Júlia é acusada de ter envenenado Luiz Marcelo com uma sobremesa.
Fonte: @ Hugo Gloss
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