Luís Montenegro toma posse como primeiro-ministro após eleições. Frente de centro-direita fará governo de minoria. Marcelo Rebelo de Sousa participa da cerimônia.
Em Portugal, Luís Montenegro (Partido Social Democrata) assumiu o cargo de primeiro-ministro nesta terça-feira (2). A sua nomeação foi realizada pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa depois da vitória da coligação Aliança Democrática (AD) nas eleições parlamentares em março.
No governo de Portugal, Luís Montenegro está comprometido com o desenvolvimento do país. O novo primeiro-ministro prometeu medidas para impulsionar a economia e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
Portugal: Discurso de Montenegro na Cerimônia de Posse
No seu discurso de posse, Montenegro enfatizou a importância de ‘as oposições’ permitirem que o governo exerça suas funções sem bloqueios. Destacou o papel do Partido Socialista, que até então governava Portugal, e questionou se seriam oposição democrática ou entrariam no caminho do bloqueio democrático, deixando clara a necessidade de uma postura clara e autêntica por parte de todos os envolvidos.
O presidente da Casa ainda ressaltou que a aceitação do programa do governo não implica em um cheque em branco, mas sim em um compromisso com as propostas apresentadas.
Com a Aliança Democrática (AD) assumindo o governo, uma coligação de partidos de centro-direita que não detém maioria no Parlamento, a AD teve a prerrogativa de formar o governo após ser a frente mais votada nas últimas eleições parlamentares realizadas em 10 de março, conquistando um total de 80 deputados.
Em segundo lugar na disputa ficou o Partido Socialista, com 78 deputados, seguido pelo Chega, que alcançou um crescimento expressivo e conquistou 50 deputados.
Após as eleições, as negociações não resultaram em alianças com nenhum dos principais partidos presentes no Parlamento, levando a um governo de minoria liderado por Luís Montenegro, que se verá diante do desafio de buscar apoio em cada votação.
Portugal: O Papel do Governo em Formação
Em Portugal, o sistema semi-presidencialista difere do modelo brasileiro, contando com um presidente e um primeiro-ministro no comando do país. Com a Aliança Democrática não alcançando maioria absoluta, com seus 80 deputados em um total de 230 assentos, o governo será formado por uma minoria parlamentar.
Para alcançar a maioria necessária, a AD precisaria estabelecer alianças com partidos de esquerda, como o Partido Socialista, ou de extrema-direita, como o Chega, o que não se concretizou.
Dessa forma, o novo governo terá que negociar com os demais partidos a cada votação, buscando apoio e construindo alianças pontuais para garantir a aprovação de suas propostas. Na eleição para escolha do presidente da Casa, a AD contou com o apoio do Partido Socialista, evidenciando a necessidade constante de diálogo e negociação no cenário político português.
O histórico político de Portugal revela que o desafio de governos de minoria é significativo, com poucos casos conseguindo se manter até o final do mandato. O exemplo mais recente foi o governo de António Costa, do Partido Socialista, que entre 2015 e 2019 liderou uma coalizão conhecida como ‘geringonça’, unindo diferentes espectros ideológicos em prol do país.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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