Três PFs investigados por se ausentarem mais de 60 dias em 2021-2022 cedidos à Abin; casos investigam suposto esquema, processos disciplinares suspensos.
Três funcionários da Polícia Federal (PF) cedidos à Abin paralela estão sendo alvo de processos administrativos disciplinares (PADs) conduzidos pela Controladoria-Geral da União (CGU). A publicação oficial da decisão pode ser encontrada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.
A notícia dos servidores da PF sob investigação pela CGU por atuarem na Abin paralela levanta preocupações sobre possíveis casos de abuso de poder e investigação sobre monitoramento ilegal dentro da estrutura de inteligência do país. É fundamental que casos como esse sejam cuidadosamente analisados e resolvidos para garantir a transparência e a integridade das instituições públicas.
Investigação sobre abuso de poder na ‘Abin paralela’
Dois servidores públicos estão proibidos de exercer funções públicas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), datada de 25 de janeiro, em relação ao caso que apura um suposto esquema de espionagem ilegal envolvendo a chamada ‘Abin paralela’. A Controladoria-Geral da União (CGU) está conduzindo processos administrativos disciplinares para avaliar a conduta dos envolvidos nesse monitoramento ilegal.
A investigação sobre a ‘Abin paralela’ levanta sérias questões sobre possíveis abusos de poder por parte de agentes da Agência Brasileira de Inteligência. Segundo informações, servidores da Polícia Federal (PF) como Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira estão sob escrutínio da CGU devido ao período em que estiveram cedidos à Abin.
Marcelo Araújo Bormevet, membro da PF desde 2005, encontra-se suspenso de suas atividades atualmente. Já Felipe Arlotta Freitas, policial federal desde 2006, foi cedido à agência durante a gestão de Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL. Por fim, Eliomar da Silva Pereira, delegado da PF desde 2003, prestou serviços na Abin entre 2021 e 2022, especificamente no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc).
Desdobramentos da investigação da ‘Abin paralela’
As apurações da Polícia Federal revelam que uma suposta organização criminosa infiltrou-se na Abin, visando espionar opositores do clã Bolsonaro com o auxílio do software FirstMile. Esse monitoramento ilegal, sem autorização judicial, teria alcançado autoridades, jornalistas e advogados durante o governo de Jair Bolsonaro e a gestão de Alexandre Ramagem na agência de inteligência.
A CGU informou que os processos administrativos disciplinares em andamento envolvendo os servidores da PF terão um prazo de até 60 dias para serem concluídos, podendo ser prorrogados por mais 60 dias, se necessário. A seriedade dessas investigações ressalta a gravidade dos possíveis abusos de poder cometidos no âmbito da ‘Abin paralela’, demandando uma resposta clara e eficaz por parte das instâncias competentes.
Fonte: @ Metropoles
Comentários sobre este artigo