Produto de investimento de notas estruturadas com emissão de crédito completou 10 anos, porém não evoluiu conforme esperado – análise de rentabilidade do COE e índices de ações.
Olá, galerinha. Recentemente, me deparei com um artigo super interessante aqui no Portal UOL, escrito pelos talentosos Fulana de Tal e Beltrano de Oliveira (acesse aqui para conferir). A matéria aborda as vantagens do COE como opção de investimento em momentos produto de investimento em meio às discussões sobre produtos financeiros, não podemos deixar de mencionar a importância do Certificado de Operações Estruturadas na diversificação da carteira de investimentos. A variedade de ativos que compõem o COE proporciona uma proteção adicional aos investidores em cenários de alta volatilidade.
Explicando melhor o funcionamento dos COEs
Inspirado por este artigo, decidi trazer para vocês este tema, em uma abordagem que complementa as informações compartilhadas pelos colegas citados. Vamos lá? A sigla COE, que significa Certificado de Operações Estruturadas, é um produto de investimento que se baseia nas Notas Estruturadas (Structured Notes), conhecidas nos Estados Unidos e na Europa.
Um COE é basicamente uma emissão de crédito realizada por instituição financeira e devidamente registrada na CETIP. O que diferencia os COEs é que são compostos por uma carteira de investimento repleta de derivativos, como termos, opções de compra e opções de venda, que sustentam a tese de investimento do produto. Estes derivativos garantem a performance prometida pelo COE.
O grande atrativo desses instrumentos está na garantia de um valor mínimo em uma data futura, com a possibilidade de ganho extra caso a estratégia do COE se mostre eficaz.
A estratégia por trás dos COEs normalmente está vinculada a um ativo subjacente popular, como dólar, ouro, índices de ações como o Ibovespa ou S&P 500, ou mesmo ações de empresas conhecidas como Apple ou Tesla. Recentemente, foram disponibilizados COEs com base em mais de um ativo.
Os COEs são tributados de acordo com a tabela regressiva da renda fixa, o que significa que a alíquota do Imposto de Renda varia de 22,5% a 15%, dependendo do tempo de investimento. Não há come-cotas nos COEs.
Compreendendo as modalidades de COEs
Existem duas modalidades de COE: valor nominal protegido e valor nominal em risco. Na primeira, o investidor tem a garantia de receber todo o capital investido, sem necessariamente ser corrigido. Já na segunda modalidade, há a possibilidade de perda, mas o valor perdido não pode ultrapassar o capital investido.
Em teoria, o investidor poderia perder todo o capital investido na modalidade de valor nominal em risco, mas na prática os COEs limitam as perdas a cerca de 10% ou 15% do capital investido.
É importante ressaltar que os COEs apresentam risco de crédito, uma vez que são garantidos pela instituição financeira emissora e não têm proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
Em caso de resgate antecipado, alguns COEs podem permitir a operação, mas o valor recebido será menor do que o inicialmente investido, devido a um deságio aplicado pelo mercado.
Tendo em vista esses diferentes cenários, é essencial que o investidor analise o Documento de Informações Essenciais (DIE) antes de adquirir um COE, pois este documento contém todas as informações relevantes sobre o investimento.
Analisando a rentabilidade dos COEs
Um ponto crucial na avaliação dos COEs é a compreensão da rentabilidade do produto. Para exemplificar, podemos observar a figura e a tabela de rentabilidade de um COE baseado na ação da Amazon, emitido pelo Banco Bradesco S.A., com vencimento em dois anos a partir de uma data específica.
Este COE se enquadra na modalidade de valor nominal protegido, garantindo o capital investido acrescido de 4% em dois anos. A rentabilidade desse COE está diretamente ligada à variação do preço da ação da Amazon em dólar ao longo do tempo.
Portanto, a rentabilidade do COE está condicionada à performance do ativo subjacente em dólares, não sendo afetada pela variação cambial. Isso implica que o investidor pode ter um retorno específico com base na variação do preço da ação da Amazon em dólar ao longo do prazo estipulado.
Ao investir em COEs, o investidor está combinando a segurança da renda fixa com o potencial de retorno da renda variável, o que pode ser atraente para muitos perfis de investidores. No entanto, é importante considerar os riscos e as condições específicas de cada COE antes de tomar uma decisão de investimento.
Considerações finais sobre os COEs
Apesar das vantagens e do potencial de retorno dos COEs, é fundamental reconhecer que esses investimentos também apresentam riscos e limitações. A precificação dos COEs pode ter margens elevadas, o que impacta diretamente a rentabilidade final do investimento.
Vale ressaltar que os COEs são produtos financeiros complexos e é essencial compreender totalmente as condições, os riscos e as possíveis consequências antes de investir. A transparência e a informação são elementos-chave para uma decisão de investimento consciente e fundamentada.
Diante de todas essas informações, é importante refletir e analisar se os COEs estão alinhados com o seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Conhecimento e cautela são essenciais ao considerar investir nesse tipo de produto de mercado.
A diversificação da carteira de investimentos e a consulta a profissionais especializados podem contribuir para uma tomada de decisão mais informada e segura no universo dos COEs e de outros produtos financeiros disponíveis no mercado atual.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo