Governo do Quênia busca arrecadar 2,7 bilhões de dólares em impostos adicionais para reduzir o déficit orçamental.
A polícia de choque queniana teve que intervir com gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os manifestantes em Nairobi, na quinta-feira (20).
Enquanto os manifestantes se dispersavam, alguns revoltosos decidiram permanecer no local, desafiando as autoridades e mostrando sua determinação. Os opositores continuam a lutar por seus direitos e a se manifestar pacificamente em meio à tensão na região.
Manifestantes em todo o país se opõem aos planos do governo
Centenas de manifestantes marchavam pelas cidades em todo o país em protesto contra os planos do governo de arrecadar 2,7 bilhões de dólares em impostos adicionais para reduzir o défice orçamental. Em meio a nuvens de gás lacrimogéneo que preenchiam as ruas do distrito financeiro da capital, agentes tentavam bloquear o caminho dos manifestantes em direção aos edifícios do parlamento. Em cidades como Nyeri, Nakuru, Eldoret e Kisumu, os opositores agitavam cartazes com mensagens como ‘Dizemos não à ditadura econômica’, pedindo aos legisladores que revogassem a lei financeira. Os manifestantes expressaram preocupação com os aumentos de impostos propostos sobre bens como propriedade de automóveis, pão, óleo de cozinha e transações financeiras, alegando que isso agravará o já elevado custo de vida dos quenianos.
Um painel parlamentar instou o governo a reconsiderar algumas das novas taxas descritas no projeto de lei. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram os manifestantes quenianos protestando em Nairobi contra os planos do governo, com um pequeno incêndio visível nas ruas e tiros ao fundo. Os legisladores estão programados para debater e votar a legislação que sustenta o orçamento nos próximos dias. O projeto de lei de finanças deste ano busca arrecadar 346,7 bilhões de xelins extras (US$ 2,7 bilhões) em receitas adicionais, conforme anunciado pelo ministro das Finanças, Njuguna Ndung’u, na semana passada. Alguns impostos previstos na lei financeira do ano anterior, como o imposto sobre a habitação, ainda estão em disputa nos tribunais.
Fonte: @ CNN Brasil
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