País defende adesão plena dos termos para negociação direta entre Israel e Palestina, reconhecimento de fato como status de membro.
Os Estados Unidos frustraram os esforços da Organização das Nações Unidas (ONU) em reconhecer o Estado Palestino, ao bloquear, no Conselho de Segurança, a entrada plena dos palestinos na organização internacional. A posição norte-americana enfatiza a necessidade de um processo de negociação direta entre Israel e a Autoridade Palestina para a criação de um Estado Palestino autônomo, rejeitando a abordagem da ONU.
Essa decisão dos EUA reflete a complexidade das relações envolvendo o Estado Palestino e destaca a importância de um diálogo contínuo entre as partes interessadas. O cenário geopolítico da Palestina continua sendo uma questão de grande relevância global, requerendo cooperação e entendimento mútuo para avançar rumo a uma solução pacífica. A comunidade internacional acompanha de perto os desenvolvimentos relacionados ao Estado Palestino.
Discussão na ONU sobre o Estado palestino
Em uma recente votação na ONU, um texto de resolução que endossava a recomendação de que o ‘Estado da Palestina tivesse o status de membro recebido pelas Nações Unidas’ foi vetado por um país, enquanto o Reino Unido e a Suíça optaram pela abstenção. No entanto, os outros 12 membros do conselho aprovaram a resolução, refletindo a diversidade de opiniões sobre o tema.
Os palestinos atualmente detêm o status de Estado observador não membro, um reconhecimento de fato como Estado concedido pela Assembleia Geral em 2012. Para alcançar a adesão plena dos membros, é necessário que o Conselho de Segurança e pelo menos dois terços da Assembleia Geral aprovem a solicitação de membro.
Desafios e implicações para a Palestina
A busca pelo status de membro da ONU ocorre em meio a um cenário tenso, marcado pela recente guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, com o Estado judaico ampliando seus assentamentos na Cisjordânia ocupada. Nesse contexto, destaca-se a importância de apoiar esforços em prol de uma paz duradoura entre Israel e um Estado palestino completamente independente, viável e soberano.
A falta de avanços em direção a uma solução de dois Estados pode aumentar a instabilidade e o risco para milhões de pessoas na região, que continuariam sob a ameaça constante de violência, como alertado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, durante uma reunião do Conselho de Segurança.
Argumentos e posições divergentes
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, argumentou que os palestinos não preenchem os critérios necessários para se tornarem membros da organização, citando a necessidade de uma população permanente, território definido, governo consagrado e capacidade de estabelecer relações internacionais.
Por outro lado, os palestinos reforçam o desejo por um Estado na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza, territórios historicamente capturados por Israel em 1967. A Autoridade Palestina, liderada por Mahmoud Abbas, exerce autoridade limitada sobre a Cisjordânia, enquanto o Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2007.
Perspectivas sobre a paz e segurança na região
Ziad Abu Amr, enviado especial de Abbas, questionou os EUA sobre os impactos dessas questões na perspectiva de paz entre palestinos e israelenses. A busca pelo reconhecimento e status de membro é vista como crucial para estabelecer um equilíbrio e promover a segurança de ambas as partes envolvidas.
O apoio à solução de dois Estados é uma pauta antiga do Conselho de Segurança, que anseia por ver Israel e um Estado palestino convivendo lado a lado em fronteiras seguras e reconhecidas. Esse debate reflete a complexidade e sensibilidade das questões envolvendo a Palestina e Israel, que continuam a buscar caminhos para uma convivência pacífica e estável.
Fonte: @ Agencia Brasil
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