Agressão com lesão corporal na residência do suspeito, na última sexta, desencadeia discussão sobre violência, racismo e direitos dos povos.
Os indígenas xavantes saíram às ruas de Pontal do Araguaia, no estado do Mato Grosso, na última quinta-feira (11), para reivindicar justiça no caso de quatro crianças da etnia que foram açoitadas com uma corda. As vítimas, três meninos e uma menina, com idades entre 5 e 9 anos, foram agredidas por um morador da região após serem acusadas por ele de furto.
Esse incidente trouxe à tona, mais uma vez, a necessidade de proteção e respeito aos povos indígenas e à população indígena. É fundamental que sejam garantidos os direitos dessas comunidades, especialmente das crianças, que são mais vulneráveis. A violência contra os povos indígenas locais é inaceitável e deve ser combatida com rigor. Justiça para as crianças xavantes agora!
Agressão contra crianças indígenas em Mato Grosso
Uma trágica ocorrência de agressão contra crianças indígenas xavantes foi registrada na última sexta-feira (6) em Pontal do Araguaia, Mato Grosso. Segundo relatos de familiares, as crianças entraram na residência do suspeito para buscar alimentos, mas foram brutalmente agredidas, apresentando hematomas em várias partes do corpo. Esse incidente alarmante provocou traumas profundos nas vítimas, incluindo medo de sair de casa e dificuldade em se alimentar.
Funai e Conselho Tutelar investigam o caso
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Conselho Tutelar de Pontal do Araguaia estão acompanhando o caso de perto. A Funai expressou sua profunda lamentação pelo ocorrido e reafirmou seu compromisso em defender os direitos dos povos indígenas e combater práticas discriminatórias. A Coordenação Regional Xavante da Funai está oferecendo total apoio e assistência à família, além de trabalhar para avaliar medidas de proteção e viabilizar ações criminais e cíveis contra os responsáveis.
Reação da família e da comunidade
Delmir Magalhães, o suspeito, negou as acusações de lesão corporal e acusou os indígenas de tentativa de extorsão, mas não apresentou provas. A tia das vítimas, Maria Isabel Pewa Õtõwe Wa’aire, destacou que a família busca melhores condições de vida na sede do município e que o agressor deveria ter entrado em contato com os responsáveis para informar a situação. A família denunciou o caso ao Ministério Público Federal (MPF), enfatizando a necessidade de combater o preconceito contra os indígenas.
Reações do governo e da sociedade
O governo de Mato Grosso afirmou que desenvolve políticas transversais para atender aos povos indígenas locais, por meio da Superintendência de Assuntos Indígenas. A Secretaria de Segurança Pública informou que tomou as medidas cabíveis, incluindo a realização de exame de corpo de delito e a investigação dos responsáveis. Nas redes sociais, entidades indígenas e influenciadores expressaram sua solidariedade e indignação diante do episódio.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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