Graduações em saúde, como medicina, farmácia e odontologia, têm alta empregabilidade. Outras áreas, como tecnologia da informação e gestão de pessoas, também oferecem boas oportunidades de emprego no ensino superior, tanto na rede pública quanto em atividades remuneradas.
No Brasil, os empregados que se formaram em cursos como história enfrentam um desafio significativo no mercado de trabalho. A realidade é que 1 a cada 3 desses profissionais está desempregado, o que é um indicativo de que a formação acadêmica não é garantia de emprego.
Essa situação é semelhante à enfrentada por outros profissionais que estão trabalhando em áreas como relações internacionais, serviço social, radiologia, enfermagem, química e nutrição. Muitos desses profissionais estão exercendo funções que não estão diretamente relacionadas à sua formação acadêmica, o que pode ser um indicativo de que o mercado de trabalho está mudando e os empregados precisam se adaptar para permanecer competitivos. A busca por novas habilidades e qualificações é fundamental para os profissionais que desejam se destacar no mercado de trabalho.
Empregados e Desempregados: Análise do Mercado de Trabalho
Um levantamento realizado pelo Instituto Semesp entre agosto e setembro deste ano revelou dados interessantes sobre a situação dos egressos do ensino superior no Brasil. A pesquisa considerou as respostas de 5.681 formados em cursos de graduação, tanto da rede pública quanto da privada, em todos os estados do país.
Os resultados mostraram que alguns cursos têm uma alta taxa de desempregados, enquanto outros apresentam uma maior empregabilidade. Os cursos com os índices mais altos de formados que não estão exercendo atividades remuneradas são:
* História (31,6% de desempregados)
* Relações internacionais (29,4% de desempregados)
* Serviço social (28,6% de desempregados)
* Radiologia (27,8% de desempregados)
* Enfermagem (24,5% de desempregados)
* Química (22,2% de desempregados)
* Nutrição (22% de desempregados)
* Logística (18,9% de desempregados)
* Agronomia (18,2% de desempregados)
* Estética e cosmética (17,5% de desempregados)
Empregados em Alta: Cursos com Maior Empregabilidade
No outro extremo, estão os cursos com maior empregabilidade no Brasil. Foram considerados apenas os egressos que estão trabalhando na área em que se formaram:
* Medicina (92% de empregados)
* Farmácia (80,4% de empregados)
* Odontologia (78,8% de empregados)
* Gestão da tecnologia da informação (78,4% de empregados)
* Ciência da computação (76,7% de empregados)
* Medicina veterinária (76,6% de empregados)
* Design (75% de empregados)
* Relações públicas (75% de empregados)
* Arquitetura e urbanismo (74,6% de empregados)
* Publicidade e propaganda (73,5% de empregados)
Empregados Fora da Área: Mudanças de Interesse ou Falta de Oportunidade
A pesquisa também analisou qual a porcentagem de alunos que estão empregados, mas trabalhando em uma área que não é a de formação, seja por mudança de interesse ou falta de oportunidade:
* Engenharia química (55,2% de empregados em outra área)
* Relações internacionais (52,9% de empregados em outra área)
* Radiologia (44,4% de empregados em outra área)
* Engenharia de produção (42,4% de empregados em outra área)
* Processos gerenciais (41,2% de empregados em outra área)
* Gestão de pessoas/RH (40,5% de empregados em outra área)
* Jornalismo (40,4% de empregados em outra área)
* Biologia (40,0% de empregados em outra área)
* Química (38,9% de empregados em outra área)
* História (36,8% de empregados em outra área)
Os egressos que estudaram até a graduação e que trabalham na própria área de formação recebem, em média, 27,5% a mais que aqueles que atuam em um campo diferente do estudado na faculdade. Os valores médios são:
* Trabalham na área de formação: R$ 4.494
* Trabalham fora da área de formação: R$ 3.523
Outros dados relevantes da pesquisa incluem:
* 50,7% dos egressos que exercem atividade remunerada (seja na área de formação ou não) recebem entre R$ 3 mil e R$ 10 mil reais mensais.
* O valor médio da renda deles é de R$ 4.640.
* Quem se formou em cursos presenciais recebe, em média, 22,9% a mais que quem fez EAD (médias de R$ 4.204 x R$ 3.422).
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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