Edgar Villar fundou a rede de restaurantes Rinconcito Peruano, com 11 unidades em São Paulo, e pretende expandir para a Região Metropolitana do Rio.
Edgar Villar, um jovem peruano de 23 anos, natural de Apurimac, no Peru, chegou ao Brasil em uma viagem de ônibus que durou oito dias, no início dos anos 2000, em busca de um emprego que lhe permitisse construir um futuro melhor. Ele sonhava em ter seu próprio restaurante e, para isso, precisava trabalhar duro e aprender o máximo possível sobre a cultura e os costumes brasileiros.
Depois de quatro anos vendendo brincos e colares, e mais tarde, marmitas de comida peruana na famosa rua 25 de março, em São Paulo, Edgar Villar finalmente conseguiu abrir seu próprio restaurante, um estabelecimento que se tornou um sucesso graças à sua dedicação e paixão pela culinária peruana. A loja se tornou um ponto de encontro para os amantes da comida peruana e brasileira, e Edgar Villar se tornou um empresário respeitado na comunidade. Com o sucesso do seu restaurante, ele também começou a expandir sua rede de negócios, abrindo novas unidades em diferentes partes da cidade.
Um Sonho que se Tornou Realidade
Depois de 20 anos de dedicação e trabalho árduo, o empreendedor Villar, de 43 anos, se tornou dono de uma rede de restaurantes de sucesso, o Rinconcito Peruano, com 11 unidades próprias na Região Metropolitana de São Paulo, faturando R$ 6,6 milhões em 2023. A jornada começou em 2004, quando Villar abriu o primeiro restaurante no bairro de Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, com apenas R$ 10 mil que havia economizado. Com 30 metros quadrados, a unidade inicial tinha apenas uma mesa de sinuca e a clientela era composta principalmente por vendedores informais peruanos e colombianos.
Um Começo Humilde
Villar relembra que, na época, vendia cada marmita por R$ 3 e não tinha lucro, pois reinvestia tudo no negócio. As panelas eram emprestadas e ele decidiu abrir a loja porque cozinhava no seu apartamento, o que não era aprovado pelo síndico, que chegava a fechar a água. Mesmo com esses obstáculos, Villar sabia que aquele seria o seu restaurante. Com o tempo, o estabelecimento cresceu e hoje tem 350 metros quadrados, mas mesmo assim não comportava o número de clientes que queriam provar a comida peruana do chef Villar.
Expansão e Sucesso
Quatro anos depois, Villar abriu a segunda unidade e hoje tem 11 restaurantes. A rede fatura em torno de R$ 6 milhões, sendo que 15% vem do delivery e cada unidade fatura entre R$ 50 mil e R$ 60 mil no mês. Os clientes, que antes eram imigrantes, hoje são diversificados. Com drinques, ceviches e anticuchos, o chef utiliza insumos artesanais derivados de produtores locais para se destacar. Autodidata, o tempero de Villar tem como marca as pimentas peruanas aji-panca, mirasol, rocotó e amarrilo, mas foi necessária uma adaptação ao paladar brasileiro.
Desafios e Aprendizado
Durante a pandemia, o chef chegou a ver seu faturamento cair 60% e quatro restaurantes precisaram ser fechados. Para crescer novamente, Villar investiu em conhecimento, foi para a escola e se formou em gastronomia para ‘aprender outras técnicas, outras formas de fazer gastronomia’. Agora, o intuito da marca é ir para a cidade do Rio de Janeiro e também para o litoral e interior de São Paulo. ‘Creio que aqui em São Paulo já estamos bem servidos de Rinconcito Peruano, gostaria de levar a minha gastronomia para outros estados. Em todas as lojas notamos a presença de muitas pessoas de fora da cidade. Quero levar a nossa gastronomia até elas!’, diz Villar.
Fonte: @ PEGN
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