Defesas de réus pedem anulação de decisão de Toffoli, marcaram reunião para discutir o caso, após repercussão midiática.
FOLHAPRESS – A resolução do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli de garantir a manutenção da sentença dos quatro réus do caso da boate Kiss na noite de segunda-feira (2) será objeto de questionamento pelos advogados dos quatro réus, que pretendem submeter recurso de agravo regimental para cancelar o pronunciamento monocrático.
Os advogados dos quatro réus manifestaram o desejo de contestar a decisão do ministro Toffoli, ressaltando a importância de manter a busca por resolução equitativa diante do veredicto proferido. A manutenção da condenação é motivo de discordância, levando à busca por alternativas para reverter a determinação do ministro do STF.
STF determina manutenção da prisão dos réus em decisão de Toffoli
As defesas de Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão manifestaram surpresa diante da resolução de Toffoli, com quem tinham agendada uma reunião para debater o caso. Em contrapartida, o STF ainda não emitiu nenhum posicionamento oficial até o momento.
Implicações da decisão de Toffoli nas defesas e na resolução do caso
A advogada Tatiana Borsa enfatizou a importância de ouvir as defesas dos réus, destacando que, tal como o ministro se aproximou dos familiares das vítimas, seria justo proporcionar o mesmo espaço para os argumentos dos réus serem considerados. Ela representa Marcelo, o músico envolvido no incidente que culminou na morte de 242 pessoas em janeiro de 2013.
Argumentando sobre a repercussão midiática do caso, Tatiana expressou a necessidade de uma abordagem cautelosa por parte do ministro ao levar a questão ao plenário. Segundo ela, o agravo regimental não influenciará na liberdade dos réus enquanto não houver uma decisão contrária, mantendo-os sob custódia.
Defesas e a implementação da justiça no caso
Tatiana enfatizou que souberam da decisão de Toffoli pela mídia, sem oportunidade de diálogo direto com o ministro. Jader Marques, advogado de Elissandro Spohr, concordou que o STF só intervém em questões constitucionais diretas, não em nulidades, como as alegadas pela defesa.
A audiência de custódia de Elissandro está agendada para quarta-feira às 9h, em Porto Alegre, surpreendendo as defesas que esperavam ser ouvidas antes da manifestação de Toffoli. Paulo Carvalho, diretor jurídico da AVTSM, apoiou a decisão do ministro, criticando a postura da defesa em prolongar o processo.
Carvalho comentou sobre a demora no julgamento e acusou a defesa de atrasar o processo, refletindo em uma resposta clara dada por Toffoli. A complexidade do caso e a necessidade de justiça imediata foram ressaltadas diante da manipulação processual atribuída à defesa.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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