Dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde mostram situação epidemiológica com pico de casos, configurando emergência em saúde pública devido ao quadro epidêmico.
Em setembro de 2022, durante a propagação do mpox no Brasil, o país registrou um aumento significativo de casos. No entanto, em setembro de 2023, a situação começou a melhorar, com uma redução drástica no número de casos. Em 2024, um novo surto da mpox foi identificado em março, com um aumento repentino de infecções.
Apesar dos esforços para conter a disseminação da variola e de outras doenças contagiosas, as infecções virais continuam a representar um desafio para as autoridades de saúde. É crucial manter as medidas preventivas para evitar novos surtos e proteger a população.
Quadro Epidemiológico da mpox no Brasil
O número de casos de mpox é visto pelo Ministério da Saúde como ‘bastante modesto, embora não desprezível’. Apesar dos riscos da nova epidemia e a possibilidade de pandemia, o diretor do Departamento de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis da pasta, Draurio Barreira, avaliou que a situação atual não indica um aumento abrupto no número de casos de mpox no Brasil.
No webinário, Draurio Barreira relatou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou um comitê de emergência para avaliar a situação da mpox na África e o risco de disseminação internacional da doença. A decisão foi tomada devido ao aumento de casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções virais estão em ascensão há mais de dois anos, e uma mutação que permitiu a transmissão do vírus entre pessoas.
A reunião convocada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, visa definir se a situação da mpox será considerada uma emergência em saúde pública de preocupação internacional. Até o momento, essa definição ainda não foi feita, mas a situação na África preocupa devido ao aumento significativo de casos em países vizinhos e a possibilidade de uma epidemia global.
No Brasil, entre 2022 e 2024, foram registrados quase 12 mil casos confirmados e 366 casos prováveis de mpox, de acordo com dados do ministério. Além disso, houve 66 casos suspeitos e 46.354 casos descartados. A atenção especial ao mpox se justifica pelo histórico da epidemia, que em 2022 afetou principalmente os Estados Unidos e o Brasil.
O perfil epidemiológico das infecções por mpox no Brasil mostra que 91,3% dos casos são do sexo masculino, com a maioria dos homens diagnosticados entre 19 e 39 anos. A idade mediana dos casos é de 32 anos, variando de 27 a 38 anos. Cerca de 3,7% dos casos ocorreram em menores de 17 anos e 1,1% em crianças de até 4 anos. No sexo feminino, o número de casos é 10 vezes menor do que entre os homens, com cerca de mil mulheres afetadas, principalmente na faixa etária de adulto jovem.
Fonte: @ Agencia Brasil
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