Fundada em 1966, a Lubnor busca descarbonização com capacidade de 10 mil barris/dia, Biobunker e produtos sustentáveis, além do Programa Carbono Neutro.
A descarbonização da refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), localizada em Fortaleza (CE), está nos planos da Petrobras, que deu início a estudos para esse fim. O diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França da Silva, ressaltou a importância de investimentos nesse sentido, alinhados com o compromisso da empresa com a descarbonização.
Além disso, a Petrobras, por meio do Programa Carbono Neutro, evidencia seu comprometimento com a transição energética ao priorizar a neutralização das emissões em suas operações. A empresa busca cada vez mais integrar em seu perfil de produtos com características de fixação de carbono soluções sustentáveis e inovadoras para contribuir com o meio ambiente.
Descarbonização na Petrobras: Iniciativas em Expansão
Previsto no Plano Estratégico 2024-2028+ e em implantação em várias unidades da empresa, os projetos de descarbonização da Petrobras têm como objetivo acelerar a identificação e o desenvolvimento das melhores soluções nesse sentido. Um exemplo claro é a ação em curso na Lubnor, onde a meta é alcançar a neutralização total das emissões absolutas da refinaria.
A transição energética é parte fundamental desse processo, como evidenciado pela intenção da Petrobras de substituir o gás natural por biometano na geração de energia na Lubnor, convertendo-o também em hidrogênio. Essa mudança trará uma redução drástica de 100% nas emissões diretas de gás carbônico da refinaria, que atualmente estão em torno de 60 mil toneladas por ano.
Além disso, a Lubnor está diversificando sua produção para incluir o Biobunker combustível marítimo, de conteúdo renovável, e o CAP Pro, um asfalto com menor impacto ambiental. A refinaria também passará a utilizar energia elétrica renovável em seus processos, buscando neutralizar completamente suas emissões indiretas de gás carbônico.
Em paralelo a essas ações, a Petrobras está estudando a introdução de novos produtos visando a formação de uma carteira mais sustentável. Entre as possibilidades estão lubrificantes naftênicos produzidos com hidrogênio de baixo carbono, querosene de aviação renovável, e combustíveis diesel tipo S10 RX, com baixo teor de enxofre e conteúdo renovável em sua composição.
Essas iniciativas em estudo passam, inclusive, pela readequação e ampliação da planta industrial da Lubnor, conforme explicado pelo diretor de Processos, Rodrigo Abramof. Segundo ele, as medidas estão sendo preparadas para integrar o Plano Diretor da refinaria, promovendo uma mudança significativa no perfil de produtos com características de fixação de carbono.
Se implementadas, essas ações, somadas às já em andamento, elevarão de 60% para 80% o perfil de produtos da refinaria com tais características, introduzindo até 10% de conteúdo renovável, o que representa um avanço expressivo nesse sentido.
O Programa Carbono Neutro foi defendido pelo gerente executivo de Refino da Petrobras, Marcos José Jeber Jardim, como um marco significativo. Ele ressaltou a importância dessa abordagem como um passo para o futuro e um compromisso real com as próximas gerações. Da mesma forma, França destacou a consolidação do compromisso da companhia com a sociedade, por meio do Plano Diretor Lubnor Carbono Neutro e outras iniciativas em andamento.
A inovação e a transição energética são pilares fundamentais nesse cenário, conforme pontuou o diretor de Processos, enfatizando a importância da colaboração entre Empresa, Estado e Universidade. A Lubnor, inaugurada em 24 de junho de 1966, desempenha um papel crucial no mercado nacional de asfaltos, com capacidade para processar 10 mil barris de petróleo por dia e fornecer combustíveis essenciais para a região.
Com essa ampliação das iniciativas de descarbonização, a Petrobras reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, consolidando-se como uma empresa que busca constantemente reduzir seu impacto ambiental e contribuir para um futuro mais verde.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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