Corregedoria Nacional de Justiça investiga desembargadores em julgamento por assédio. Caça aos homens e racismo são temas em análise jurisdicional.
O comportamento dos desembargadores do TJ/GO Silvânio Divino de Alvarenga e Jeová Sardinha está sendo investigado pela Corregedoria Nacional de Justiça. Durante o julgamento de um caso de assédio contra uma mulher, um dos magistrados levanta dúvidas sobre a conduta da vítima, chamando-a de ‘muito sonsa’. Ele ainda declara que a sociedade está em uma ‘caça aos homens’ quando se trata de denúncias de assédio, enquanto o colega afirma que tanto o racismo quanto o assédio se tornaram ‘modismos’.
A conduta dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás, Silvânio Divino de Alvarenga e Jeová Sardinha, está sob investigação da Corregedoria Nacional de Justiça. Durante o julgamento de um caso de assédio contra uma mulher, um dos magistrados levanta questionamentos sobre a postura da vítima, chegando a chamá-la de ‘muito sonsa’. Ele ainda declara que atualmente há uma ‘caça aos homens’ em denúncias de assédio, enquanto o outro afirma que tanto o racismo quanto o assédio se tornaram ‘modismos’ em nossa sociedade.
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Desembargador em análise pela Corregedoria Nacional de Justiça por conteúdo preconceituoso
Veja o vídeo ao término da matéria. De acordo com informações do CNJ, os magistrados proferiram falas consideradas potencialmente preconceituosas em relação à vítima, emitindo juízos de valor que, aparentemente, ultrapassaram os limites da análise jurisdicional. Essas declarações ocorreram durante a sessão de julgamento da 6ª câmara Cível do TJ/GO, em 19 de março.
Julgamento envolvendo assédio: desembargadores na mira da Corregedoria Nacional de Justiça
No decorrer da sessão, estava em pauta uma ação movida pela jovem, solicitando reparação por danos morais. Na decisão de abertura do procedimento disciplinar no CNJ, o corregedor Nacional, ministro Luis Felipe Salomão, observa a necessidade de investigar, no âmbito administrativo, se a postura dos desembargadores confronta as normas da CF, da Loman e do próprio CNJ, incluindo a aplicação da perspectiva de gênero nos julgamentos.
Racismo e assédio viram ‘modismos’: desembargadores serão notificados para explicar suas falas
Com a instauração da reclamação disciplinar, os desembargadores serão intimados a prestarem esclarecimentos em um prazo de 15 dias sobre os acontecimentos relatados. Para acessar a decisão na íntegra, consulte a fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/404747/cnj-investigara-desembargador-que-chamou-vitima-de-assedio-de-sonsa
Fonte: © Direto News
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