Documentos fiscais apreendidos revelam que suspeito gastou cerca de R$ 25 milhões em agrotóxicos em 3 anos, parte do Pantanal afetada.
A Polícia Civil está apurando um possível caso de desmatamento químico ligado a um pecuarista. Com propriedades em uma área próxima a Barão de Melgaço, no estado de Mato Grosso, Claudecy Oliveira Lemes, de 52 anos, está sob investigação por influenciar o desmatamento químico no Pantanal, visando o cultivo de capim para criação de gado. A reportagem foi exibida no Fantástico, programa da TV Globo.
Além dos impactos diretos no ecossistema, o desflorestamento e a destruição ambiental gerados pelo desmatamento químico são questões urgentes que demandam medidas eficazes de preservação. É essencial que sejam implementadas políticas e ações para coibir práticas que contribuem para a devastação, visando a proteção da biodiversidade e a mitigação dos efeitos da ação humana sobre o meio ambiente.
Desmatamento Químico em Propriedades da Região de Lemes
Um caso alarmante de desmatamento químico, ocorrido em propriedades da região de Lemes, está sendo investigado com rigor pelas autoridades competentes. A devastação provocada por essa prática criminosa tem causado sérios danos ambientais, tornando-se uma preocupação urgente para a preservação da biodiversidade local.
Uma extensa área do Pantanal foi afetada por esse processo devastador, que busca eliminar a vegetação mais alta de forma indiscriminada. O desflorestamento resultou em paisagens desoladoras, marcadas por extensas manchas cinzentas, evidenciando as consequências nefastas do desfolhamento químico. A pulverização de toneladas de agrotóxicos sobre a mata preservada tem causado danos irreparáveis ao ecossistema, comprometendo não apenas a flora, mas também a fauna e os preciosos recursos hídricos da região.
Os investigadores revelaram que o fazendeiro responsável pelo desmatamento investiu consideráveis recursos financeiros nesse empreendimento ilícito. Documentos fiscais apreendidos indicam que foram gastos cerca de R$ 25 milhões somente na aquisição de agrotóxicos ao longo de três anos, evidenciando o caráter planejado e sistemático dessa atividade criminosa.
As autoridades ambientais constataram que foram utilizados 25 tipos diferentes de agrotóxicos, incluindo substâncias altamente tóxicas, como o composto contendo 2,4-D, associado ao tristemente famoso agente laranja utilizado durante a Guerra do Vietnã. A contaminação do solo, da água e da vegetação por esses produtos químicos perigosos representa uma grave ameaça não apenas para o meio ambiente, mas também para a saúde pública, evidenciando a irresponsabilidade e o desrespeito às leis ambientais.
O fazendeiro envolvido nesse caso já possui histórico criminal relacionado a questões ambientais, acumulando diversas autuações por desmatamento e outros crimes ambientais. Mesmo após ter sido obrigado a promover a recuperação da vegetação em suas propriedades, conforme acordo com o Ministério Público, as autoridades constataram a não observância dessas obrigações legais, agravando ainda mais a sua situação.
Diante da gravidade das infrações cometidas, as investigações prosseguem para responsabilizar os envolvidos e garantir a preservação do ecossistema afetado pelo desmatamento químico. Esse caso serve como um alerta sobre os perigos do desflorestamento indiscriminado e a importância de proteger e conservar nossas áreas naturais para as gerações futuras.
Fonte: @ Terra
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