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A partir de 17 de julho, a Americanas terá ações agrupadas, com menor cotação histórica de 8,7% em junho.
Os papéis da Americanas (AMER3) iniciaram a primeira semana de junho em queda acentuada na bolsa de valores, seguindo as perdas da semana passada de maio. Com negociações fora do Ibovespa, as ações encerraram o dia de hoje com desvalorização de 12,20%, sendo comercializadas a R$ 0,34, o valor mais baixo da história da empresa. Ontem (3), o cenário não foi muito diferente, com um declínio de 8,70%.
É crucial monitorar de perto o comportamento dos títulos da Americanas nas próximas semanas, visto que a tendência de desvalorização das ações pode impactar diretamente o mercado financeiro. Os investidores estão atentos a qualquer sinal de recuperação, buscando entender os motivos por trás da queda expressiva nos papéis da empresa.
Desempenho das ações na primeira semana de junho
A atual sequência de baixa das ações teve início em 28 de maio passado, quando os papéis abriram a sessão valendo R$ 0,55 e fecharam em queda de 3,64%, atingindo R$ 0,53. No dia seguinte, em 29 de maio, os títulos perderam 1,89%, sendo cotados a R$ 0,52. Já em 31 de maio, houve um recuo expressivo de 11,54%, com a cotação histórica das ações atingindo R$ 0,46.
A desvalorização das ações alcançou mais de 61% no ano, refletindo a situação da empresa após a fraude contábil ocorrida em janeiro de 2023, seguida pelo pedido de recuperação judicial. Esses eventos levaram à exclusão dos papéis de todos os índices da bolsa brasileira. Desde então, os investidores têm acompanhado de perto o processo de ajuste da companhia, com muitos prevendo a queda das ações durante esse período.
É notável que, para quem adotou essa estratégia, os resultados têm sido positivos, especialmente diante da baixa de 8,7% registrada recentemente. A expectativa é que a desvalorização das ações continue, impulsionada pela incerteza em torno da empresa.
Reorganização dos títulos da Americanas
A partir de 17 de julho, as ações da Americanas serão negociadas apenas agrupadas, conforme aprovado em assembleia de acionistas realizada em maio. O grupamento dos papéis será na proporção de 100 para 1, com o objetivo de aumentar o capital da companhia em pelo menos R$ 12,2 bilhões.
Em virtude desse processo, a empresa adiou a divulgação de suas demonstrações financeiras referentes ao ano de 2023 e do primeiro trimestre de 2024, que estava prevista para 28 de maio. Agora, a expectativa é que os resultados sejam divulgados até 31 de julho, impactando diretamente a confiança dos investidores nas ações da Americanas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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