Dupla responderá por invasão e inserção de documentos falsos no sistema judicial, contratando serviços para os crimes apresentados.
A parlamentar Carla Zambelli (PL-SP) e o programador Walter Delgatti Neto agora enfrentam acusação. Eles serão acusados pelos delitos de acesso indevido a sistema informático e falsificação de documento em um processo criminal a ser instaurado na Corte. A determinação, feita na terça-feira (21), partiu da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na ação penal, os acusados terão a oportunidade de se defender das acusação. A denúncia aponta que Carla Zambelli e Walter Delgatti Neto teriam cometido os crimes de invasão de dispositivo eletrônico e falsificação de informações. Os réus terão seus direitos garantidos durante todo o processo judicial, conforme previsto na legislação vigente.
Acusação de invasão e inserção de documentos falsos
Por decisão unânime, os cinco ministros aceitaram a denúncia contra a dupla acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por invasão a sistemas do Poder Judiciário e inserção de documentos falsos. A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, no final de abril. Zambelli e Delgatti se tornaram réus por invasão ao site do CNJ.
Detalhes das acusações e invasões
A acusação menciona 13 invasões em seis sistemas do Judiciário entre agosto de 2022 e janeiro de 2023. Segundo a denúncia, foram inseridos 16 documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Também foram inseridas ordens para quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens, além de nove alvarás falsos de soltura. A PGR alega que Zambelli contratou os serviços do hacker para desacreditar o Poder Judiciário.
Participação de Delgatti e papel de Zambelli
Durante a investigação, Delgatti confessou os crimes e afirmou tê-los cometido a pedido de Zambelli. Segundo a PGR, Zambelli teve um papel central na invasão dos sistemas eletrônicos do Judiciário e foi a autora intelectual do ataque hacker. A denúncia aponta que Zambelli prometeu benefícios a Delgatti em troca dos serviços prestados.
Relação de pagamento e envolvimento de terceiros
O relatório da Polícia Federal mencionado na denúncia indica que Zambelli contratou os serviços de Delgatti e teria prometido trabalho a ele. O pagamento, segundo a acusação, era feito de forma escamoteada, por meio de um terceiro, Jean Hernani, funcionário do gabinete de Zambelli. Hernani pagou o hacker após receber dinheiro da empresa da esposa, contratada para cuidar das redes sociais de uma frente parlamentar.
Fonte: @ CNN Brasil
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