O modelo padrão atual do universo prevê uma energia escura constante, mas novas evidências sugerem que essa energia escura está evoluindo.
A energia escura é vista como uma força misteriosa que impulsiona a expansão do universo, porém estudos recentes levantam a possibilidade de esse fenômeno estar sofrendo alterações, de acordo com descobertas astronômicas inovadoras.
Além disso, especula-se que outras energias sombrias podem estar atuando de forma conjunta com a energia escura, apontando para um cenário ainda mais complexo e repleto de mistérios nos confins do cosmos.
Uma Nova Perspectiva Sobre a Energia Escura
A descoberta feita com dados do primeiro ano da missão do Instrumento de Espectroscopia da Energia Escura (DESI) revela uma força misteriosa responsável pela expansão acelerada do universo. Essa energia sombria, presente há mais de 25 anos, agora se mostra evoluindo, desafiando o modelo padrão atual que previa uma constante nesse fenômeno cósmico.
Utilizando seus 5 mil olhos robóticos, o DESI examinou a luz de milhões de galáxias, abrangendo mais de um terço do céu visível da Terra. Com essa análise, os cientistas conseguiram medir a expansão do universo ao longo dos bilhões de anos, revelando um padrão intrigante: a diminuição do efeito da energia escura com o tempo.
Luz Ángela García Peñaloza, ex-membro da equipe DESI e cosmóloga, descreve a descoberta como potencialmente revolucionária, comparável à revelação da expansão acelerada do universo. Essa variabilidade na energia escura pode alterar significativamente nossas previsões sobre o destino final do cosmos, indicando cenários como o ‘Big Chill’, ‘Big Rip’, e agora um possível ‘Big Crunch’.
Esses achados, que desafiam a concepção de uma energia escura constante, podem mudar fundamentalmente nossa compreensão do universo. Com mais quatro anos de observações planejadas, os cientistas esperam aprofundar seus conhecimentos. Além disso, a chegada do telescópio espacial Euclid em 1º de julho de 2023 promete trazer uma nova perspectiva sobre como a energia escura molda a estrutura em larga escala do cosmos.
Fonte: @Olhar Digital
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