Estudo revela que terapia de substituição renal exige quantidade substancial de recursos em oito países estudados; fatores de risco associados preocupam.
O tratamento da doença renal crônica é essencial para a qualidade de vida dos pacientes, porém, é importante considerar também a doença renal crônica em relação à sustentabilidade ambiental. Segundo o estudo IMPACT CKD, a pegada de carbono gerada pela terapia de substituição renal, como a diálise, pode atingir níveis preocupantes até 2032, chegando a cerca de 2,5 bilhões de quilogramas, o que equivale à emissão de 1,5 milhão de carros no Brasil.
Para mitigar os impactos ambientais relacionados ao tratamento da doença renal, estratégias sustentáveis e inovadoras devem ser consideradas. Reduzir a emissão de carbono proveniente da terapia de substituição renal é fundamental para enfrentar os desafios da doença renal crônica no futuro. A busca por alternativas mais eco-friendly no tratamento da doença renal pode contribuir significativamente para a preservação do meio ambiente e para a saúde global da população.
Impacto da Doença Renal Crônica na Sociedade
A análise projeta que o tratamento da doença renal exigirá mais de 60,7 milhões de metros cúbicos de água, o que equivale ao consumo de 370.000 residências. Além disso, a logística de cuidados aos pacientes pode demandar até 850 milhões de quilogramas de combustíveis fósseis, o que seria suficiente para iluminar 11,3 milhões de lâmpadas.
Terapia de Substituição Renal e Recursos Naturais
A terapia de substituição renal, crucial em estágios avançados da doença renal crônica, consome uma quantidade substancial de recursos, como água e energia elétrica. Estima-se que a demanda por diálise aumente mais de 75% nos oito países estudados até 2032, impactando significativamente o meio ambiente e a economia.
Crescimento da Prevalência da Doença Renal Crônica
Segundo o IMPACT CKD, até 2032, entre 11,7% e 16,5% da população dos oito países estudados poderão ser afetados pela doença renal. Isso se deve aos fatores de risco associados, principalmente ligados ao envelhecimento da população, que apresenta maior incidência de comorbidades como hipertensão, diabetes e obesidade.
Previu-se um consumo de cerca de 440 milhões de metros cúbicos de água doce e aproximadamente 11 bilhões de quilogramas de combustíveis fósseis nos oito países, evidenciando o impacto considerável da doença renal crônica nos recursos naturais e na emissão de gases poluentes.
Impactos Econômicos do Tratamento da Doença Renal
A pesquisa estima que o orçamento de saúde dedicado ao tratamento da doença renal poderá atingir uma média de 7,3% e, em alguns países, chegar a 25,7% até 2032. Esse aumento na demanda por cuidados de saúde está exercendo pressão significativa nos sistemas de saúde em todo o mundo.
Com um crescimento projetado de 12,2% na prevalência da doença renal no Brasil de 2022 a 2032, o número de pacientes em diálise poderá aumentar em 170%. Esses dados refletem o peso financeiro e social que a doença renal crônica impõe aos sistemas de saúde e à população em geral.
Fonte: @ Veja Abril
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