Ex-vereador contratou Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado de Adélio Bispo, para defesa do réu na morte do coronel, envolvendo questões financeiras e honorários advocáticos.
Na cidade de São Paulo, o ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, também conhecido como Jairinho, réu no caso da morte de Henry Borel, decidiu mudar seus advogados e contratou Zanone Manuel de Oliveira Júnior, o renomado advogado que atuou na defesa de Adélio Bispo. Zanone é reconhecido por sua atuação em casos de grande repercussão, como o atentado contra Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018.
O novo representante legal de Jairinho, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, é conhecido por sua atuação firme e estratégica em casos complexos. Sua experiência como patrono em situações de alta visibilidade demonstra sua habilidade e comprometimento com a defesa de seus clientes. A contratação de Zanone representa uma mudança significativa na estratégia de defesa do ex-vereador, mostrando a importância de contar com profissionais renomados no campo jurídico.
Advogado Claudio Dalledone deixa defesa de Jairinho por questões financeiras
Troca na defesa foi realizada há cerca de uma semana. Além de Zanone, o representante legal Fabiano Lopes também fará parte da equipe de defensores de Jairinho, que será levado a júri popular. A data para o julgamento ainda não foi definida. O advogado afirmou que saiu da defesa de Jairinho devido a questões financeiras. Claudio Dalledone explicou ao UOL que a defesa teria um custo aproximado de R$ 1 milhão, sendo metade desse valor destinado a despesas com perícias, peritos, pareceres técnicos, hospedagem, alimentação e materiais necessários para o julgamento. Além disso, os honorários advocatícios seriam de R$ 500 mil.
‘Tivemos uma última conversa e encerramos a prestação de serviço’, afirmou Dalledone. Ele acrescentou que, além das questões financeiras, outro fator determinante para a mudança foi o envolvimento do coronel Jairo Souza Santos, pai de Jairinho, na defesa. O advogado resumiu como uma ‘tentativa de conduzir da maneira dele’.
Novos defensores comemoraram a contratação nas redes sociais. ‘Assumindo mais um caso complexo e de grande repercussão nacional envolvendo crime doloso contra a vida. Mais um grande desafio para a nossa equipe de advogados especializados no Tribunal do Júri’, dizia a publicação.
CFM cassou registro médico de Jairinho
O CFM (Conselho Federal de Medicina) cassou de forma definitiva o registro profissional do médico de Jairinho. Ele está detido sob suspeita de envolvimento na morte do enteado, o menino Henry Borel, de quatro anos, em 2021. As investigações apontaram que o ex-vereador e Monique Medeiros, mãe da criança, estavam ligados ao crime.
Jairinho está impedido de exercer a medicina desde junho de 2021. Em março de 2023, o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro), por decisão unânime, cassou seu registro profissional, mas sua defesa recorreu ao CFM. Com a recente decisão do Conselho Federal, que confirmou a posição do Cremerj, Jairinho não tem mais possibilidade de recorrer ao órgão regulador da profissão.
A Justiça também cassou o mandato de Jairinho. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro rejeitou, de forma unânime, o recurso do ex-vereador para recuperar seu cargo na Câmara fluminense. Ele foi destituído em 2021 por ‘quebra de decoro parlamentar’ relacionada à morte do enteado. Em sua apelação, Jairinho argumentou que o processo ético-disciplinar que resultou na cassação de seu mandato foi baseado em ‘evidências e indícios, sem provas sólidas do crime’.
A defesa de Jairinho acrescentou que a decisão não foi fundamentada em uma ação penal definitiva e, portanto, solicitou a anulação do decreto. A relatora do caso no TJ do Rio, desembargadora Jacqueline Lima Montenegro, observou que a perda do mandato foi justificada pela falta de decoro parlamentar e não pelo homicídio em si. Ela também destacou que o ex-vereador teve a oportunidade de se defender.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo