Membros votantes do FOMC da distrital de Richmond e Cleveland discutem cautela nos cortes de juros, enfatizando estabilidade de preços e desaceleração da inflação.
Na última quinta-feira (4), diversas autoridades do Banco Central dos Estados Unidos, o Fed, realizaram discursos que tiveram impacto nos mercados, contribuindo para a reversão do movimento das bolsas americanas e contendo a queda do dólar, mesmo após a divulgação de dados sobre seguro-desemprego acima das expectativas.
É interessante observar como a atuação da autoridade monetária pode influenciar diretamente os mercados financeiros, mostrando o poder de atuação do Fed. A autoridade financeira age de forma estratégica para manter a estabilidade econômica, sendo fundamental para o funcionamento saudável do sistema financeiro como um todo.
Presidentes do Fed discutem política monetária
Entre os membros da autoridade financeira que se pronunciaram nesta quinta-feira (4), dois deles possuem papel de membros-votantes do Comitê de Mercado Aberto (FOMC): o líder da distrital de Richmond do Banco Central dos Estados Unidos (Fed), Thomas Barkin, e a presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester. Barkin, em um evento realizado pela Associação de Construção de Moradias de Richmond, afirmou a importância de aguardar a evolução da inflação antes de decidir sobre os juros.
‘É fundamental que o Fed atue com cautela. Ninguém deseja um ressurgimento da inflação. Temos o tempo necessário para aguardar que as incertezas se dissipem antes de iniciar qualquer movimento na redução das taxas’, destacou. Ele enfatizou que continua atento aos sinais de desaceleração da inflação, porém mantém um viés otimista.
Desaceleração da inflação e estabilidade de preços são temas em destaque
‘Estou confiante de que a manutenção de taxas um pouco mais restritivas poderá contribuir para o retorno da inflação à meta estabelecida. Apesar de não identificar superaquecimento na economia, o Fed está preparado para agir caso necessário’, completou. No que diz respeito à condição econômica, Barkin avaliou que a atual robustez do mercado de trabalho ‘indica que não estamos próximos de uma recessão’.
No entanto, ele alertou que acredita que esse aperto monetário ‘poderá resultar em uma desaceleração econômica ainda mais acentuada’. Já Mester abordou a perspectiva econômica em um evento online e manteve a postura cautelosa similar à de Barkin. Para ela, conciliar o duplo mandato de estabilidade de preços e pleno emprego é o principal desafio enfrentado pelo Fed.
‘Se conseguirmos atingir esse equilíbrio, podemos esperar cortes nas taxas de juros até o final do ano’. Por fim, Mester ressaltou que a maior equilíbrio no mercado de trabalho e uma oferta mais consistente estão contribuindo para a moderação da inflação. Porém, alertou que a redução da inflação neste ano ‘não será conforme as projeções do Fed’.
Com informações do Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor
Fonte: @ Valor Invest Globo
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