Estudo mostra que tDCS com fone de ouvido pode aliviar depressão, ansiedade e insônia pós término amoroso, regulação emocional e cognitiva.
Pesquisadores desenvolveram um novo dispositivo auditivo que pode ajudar a reduzir a sensação de melancolia, pessimismo e desânimo ligados ao término de uma relação.
Em momentos de rompimento ou separação, é importante buscar maneiras saudáveis de lidar com as emoções e preservar o amor próprio. Este fone de ouvido inovador oferece uma abordagem promissora para enfrentar os desafios emocionais após o fim de uma relação, proporcionando conforto e apoio durante esse período delicado. tipos
Estudo sobre Estimulação Transcraniana e a Síndrome do Trauma Amoroso
Um estudo recente, divulgado no Journal of Psychiatric Research, teve como foco investigar se a ‘estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS)’ poderia ser uma abordagem eficaz para aliviar os sintomas associados à ‘Síndrome do Trauma Amoroso’, que se manifesta após o término de um relacionamento amoroso. O fim de um relacionamento é frequentemente descrito como uma das experiências mais dolorosas na vida de uma pessoa, envolvendo sentimentos de perda e luto.
Pesquisas anteriores indicaram uma conexão neuropsicológica entre experiências de rompimento e áreas específicas do cérebro, particularmente as regiões pré-frontais. Com base nessa relação, os pesquisadores exploraram a tDCS como uma forma de tratamento para os sintomas pós-término. A tDCS foi administrada aos participantes, que sofriam da síndrome, por meio de sessões de estimulação de 20 minutos, duas vezes ao dia, durante 5 dias consecutivos, com intervalos de 20 minutos entre cada sessão.
Durante o estudo, os participantes utilizaram um ‘headset’ especial, que aplicava uma corrente elétrica suave no couro cabeludo, visando áreas específicas do córtex pré-frontal ventrolateral (VLPFC) e dorsolateral (DLPFC), responsáveis pela regulação emocional. Os participantes foram aleatoriamente designados para receber a estimulação em uma dessas regiões ou uma estimulação simulada.
Os resultados mostraram uma redução significativa nos sintomas da síndrome imediatamente após o tratamento, tanto para aqueles que receberam a estimulação no VLPFC quanto no DLPFC. Após um mês, os benefícios ainda eram evidentes, sendo que o protocolo DLPFC apresentou uma melhoria significativamente maior do que o protocolo VLPFC. Além disso, a estimulação real resultou em uma melhor regulação emocional, afeto positivo e negativo em comparação com a estimulação simulada.
No que diz respeito às funções cognitivas, não foram observadas diferenças entre os grupos. Os pesquisadores destacaram que a aplicação de um campo elétrico adequado pode aumentar a condutividade das membranas biológicas, o que pode influenciar a permeabilidade para íons e moléculas. Apesar dos resultados promissores, os autores ressaltaram a necessidade de replicar os achados em estudos mais amplos para validar a eficácia desse método inovador na regulação emocional pós-término.
Fonte: © CNN Brasil
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