Gestora tem pré-autorização para emitir LRS, título de crédito de riscos de seguros securitizados, para o mercado de capitais, com foco na gestão de riscos.
A Galapagos Capital, uma empresa financeira renomada, está ampliando sua atuação para uma nova área de negócios: os seguros. Com mais de R$ 23 bilhões sob gestão, a empresa busca diversificar sua carteira de serviços, aproveitando sua expertise em estruturação de dívidas e crédito estruturado.
Para 2025, a companhia de investimento global está se preparando para ingressar no mercado de seguros, fortalecendo sua posição no mercado financeiro. Além disso, a empresa também está estudando a possibilidade de oferecer resseguros como parte de sua estratégia de expansão. A parceria com seguradoras e resseguradoras tem sido fundamental para que a empresa possa oferecer produtos inovadores e personalizados aos seus clientes. Com essa nova área de atuação, a Galapagos Capital busca consolidar sua posição como uma das principais empresas financeiras do país, oferecendo uma gama completa de serviços financeiros, incluindo seguros. A inovação e a excelência são os pilares que guiam a empresa em sua jornada de crescimento.
Seguros Inovadores: A Nova Fronteira do Mercado de Capitais
A Galapagos Capital viu uma grande oportunidade de mercado com uma mudança estrutural no setor de seguros e decidiu emitir as Letras de Risco de Seguro e Resseguro (LRS), um título de crédito de riscos de seguros securitizados voltado para o mercado de capitais. Essa mudança na estrutura do setor de seguros permite que os investidores e o mercado de capitais acessem esse mercado de forma mais direta.
Roberto Takatsu, sócio da Galapagos Capital, destaca que ‘estamos vivendo as dores do pioneirismo na estruturação e temos conversado bastante com os reguladores. Mas para nós foi um movimento óbvio entrar nesse mercado e já estamos vendo uma demanda muito forte’. A LRS é um título que está para o setor de seguros como as LCIs e LCAs estão para os mercados imobiliário e do agronegócio, respectivamente.
Seguros e Resseguros: Um Novo Mercado Emergente
No mercado global, a LRS é conhecida como ‘insurance-linked securities’ (ILS) e alcançou uma carteira de US$ 43,1 bilhões em 2023. O mercado de seguros funciona ‘diluindo’ os riscos de sinistros entre diversas partes. No Brasil, esse papel estava apenas com as resseguradoras, que assumiam uma parte do risco das seguradoras e não tinham ninguém para repassar o seu próprio risco.
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) autorizou a formação desse novo mercado em 2022, e as primeiras autorizações saíram em dezembro deste ano. A Galapagos recebeu uma pré-autorização da Susep para operar como Sociedade Seguradora de Propósito Específico (SSPE) e montou uma nova estrutura internamente para trabalhar com a LRS.
Seguros e Investimentos: Uma Nova Oportunidade
A expectativa da Galapagos é lançar a sua primeira LRS já no início de 2025, com a meta de alcançar até R$ 3 bilhões em emissões no primeiro ano. Para isso, a gestora iniciou diálogo com as principais seguradoras e resseguradoras do País. A LRS só pode ser acessada por investidores profissionais (com mais de R$ 10 milhões de patrimônio), e o prazo dos títulos pode chegar a 10 anos.
A Galapagos pretende vender os primeiros títulos a gestores de crédito, fundos de previdência e fundos de pensão, e em um segundo momento, os multi family offices serão o público-alvo. A expectativa é que os primeiros títulos tenham duração mais curta, de 12 meses a 18 meses, e sejam precificados entre CDI+1,5% e CDI+4%, dependendo do risco da empresa, competindo com as debêntures pelo bolso do investidor.
No mercado global, esse título rendeu, em média, 12% ao ano em dólar, enquanto as Treasuries pagaram de 5% a 6% ao ano. O foco do título é atuar exatamente em segmentos de demanda mais restrita, como catástrofes, agro e garantia financeira, áreas que apresentam grande sinergia com o mercado de capitais.
Fonte: @ NEO FEED
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