Contágio de infecção sexualmente transmissível muitas vezes é assintomático. Vacina do SUS previne transmissão da mãe para o bebê.
O HPV é conhecido como a principal causa do câncer de colo de útero, além de estar associado a outros cinco tipos de cânceres. Muitas vezes, a infecção pelo papilomavírus humano não mostra sinais ou sintomas, o que facilita a transmissão silenciosa do vírus entre as pessoas.
Prevenir a infecção pelo HPV é fundamental para a saúde, uma vez que o papilomavírus humano pode ter consequências sérias, como o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Por isso, a conscientização sobre os métodos de prevenção e a importância da vacinação são essenciais para combater a propagação do vírus.
Complicações e prevenção do HPV
Em muitos casos, o HPV pode permanecer em estado latente por um período que varia de meses a anos, sem apresentar sinais visíveis ou manifestações subclínicas, ou seja, detectáveis por exames médicos. O papilomavírus humano é uma infecção sexualmente transmissível que se propaga por meio do contato direto com a pele ou mucosas infectadas, incluindo toque oral-genital, genital-genital e manual-genital. Além disso, há o risco de transmissão da mãe para o bebê durante o parto.
Após a contaminação, os primeiros sinais da infecção costumam surgir aproximadamente entre dois e oito meses. Porém, em alguns casos, pode levar até 20 anos para que os sintomas se manifestem. Geralmente, os sintomas são mais frequentes em gestantes e indivíduos com imunidade comprometida. A queda na resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV, levando ao surgimento de lesões.
Mais de 90% dos casos de HPV apresentam regressão espontânea, mesmo que lesões clínicas, como verrugas na região genital e no ânus, chamadas condilomas acuminados, se façam presentes. Essas lesões são conhecidas popularmente como crista de galo, figueira ou cavalo de crista, podendo ser únicas ou múltiplas, variar em tamanho, ser achatadas ou elevadas, e apresentar diferentes texturas. Embora geralmente sejam assintomáticas, é possível que ocorra coceira no local.
Por outro lado, as lesões subclínicas podem ser detectadas nos mesmos locais das lesões clínicas, porém sem apresentar sinais ou sintomas evidentes. Elas podem afetar a vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal ou região pubiana. Menos comumente, encontram-se em regiões extragenitais, como ao redor dos olhos e em mucosas nasal, oral e laríngea. As crianças que foram infectadas durante o parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe de forma mais rara.
Prevenção e Vacinação contra o Papilomavírus Humano
Para prevenir o contágio pelo HPV, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de sexo seguro, com educação sexual para jovens e incentivo ao uso de preservativos em indivíduos sexualmente ativos. No entanto, a forma mais eficaz e segura de prevenção, conforme indicado pela OMS, é a vacinação contra o HPV em pessoas entre 9 e 14 anos, preferencialmente antes do início da atividade sexual.
Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina quadrivalente contra o HPV. Em 2024, o Ministério da Saúde atualizou o esquema de vacinação, incorporando a dose única da vacina contra o papilomavírus humano. Essa medida visa potencializar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, além de ampliar a capacidade de imunização com o estoque disponível no país.
Pelo SUS, podem se vacinar contra o HPV adolescentes de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual e pessoas com HIV, transplantados ou pacientes oncológicos entre 9 e 45 anos. A vacinação é uma estratégia crucial para prevenir complicações sérias decorrentes do HPV, contribuindo para a saúde pública e o bem-estar da população em geral.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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