Dia: Dólar e juros reagem a falas do presidente sobre ajuste fiscal, bolsa sobe com expectativa de corte de juros e bancos.
O Ibovespa está mantendo-se firme nos 129 mil pontos. Após um período de dois meses para retornar a esse nível, o índice teve uma queda ontem, porém já se recuperou hoje, sustentando a marca alcançada. Dentro do mercado de commodities, a balança apresentou certa estabilidade, com as empresas de petróleo influenciando positivamente e as mineradoras em baixa. O cenário do Ibovespa reflete a resiliência do mercado financeiro nacional diante das oscilações recentes.
Com a recuperação rápida do Ibovespa, os investidores demonstram confiança na economia local, impulsionando o índice a se manter em patamares elevados. A volatilidade do mercado financeiro é um fator constante, porém a solidez do Ibovespa tem sido um ponto de referência para os operadores, que buscam oportunidades mesmo em meio às turbulências. A diversificação das carteiras de investimento tem sido uma estratégia adotada por muitos para mitigar os riscos e aproveitar as possibilidades de crescimento no mercado acionário.
Novas falas animadoras impulsionam Ibovespa para novo patamar
Com as recentes falas animadoras de diretores do Banco Central americano, o mercado financeiro viu o Ibovespa subir 0,26%, atingindo a marca de 129.450 pontos, consolidando um avanço de 4,47% no mês. No entanto, o índice ainda enfrenta uma queda de 3,53% no acumulado do ano. O volume de negociações ficou em torno de R$ 12 bilhões, abaixo da média de R$ 16,7 bilhões em 12 meses.
A movimentação no mercado foi impactada pela queda nos estoques de petróleo nos Estados Unidos, o que resultou em uma redução da oferta e consequente valorização do produto, impulsionando as ações de empresas como a Petrobras. Por outro lado, o minério de ferro teve uma queda de 2% na bolsa de Dailan, na China, afetando as ações do setor de mineração, enquanto as empresas de siderurgia apresentaram alta, com destaque para a Usiminas.
No cenário político, as atenções se dividiram entre as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmando o compromisso com políticas sociais, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantindo a manutenção do arcabouço fiscal. As falas otimistas de diretores do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), indicaram a possibilidade de um corte de juros em breve, trazendo alívio para os ativos de risco.
O presidente do Fed, Jerome Powell, demonstrou satisfação com os índices de inflação, destacando que a economia parece estar sob controle. No entanto, dados de produção industrial acima das expectativas levantaram preocupações sobre um possível aumento da inflação, refletindo em uma valorização do dólar, que chegou a ser negociado a R$ 5,48, com alta de 1% em relação ao real.
A expectativa em torno da eleição americana e declarações sobre o déficit fiscal pelo presidente brasileiro impactaram não apenas o dólar, mas também os juros futuros, que tiveram uma abertura da curva devido às incertezas no cenário econômico. A valorização do dólar também influenciou outras moedas de países emergentes, em meio às expectativas em relação à eleição de Donald Trump para a Casa Branca. Os juros americanos continuam sendo um fator determinante para as taxas brasileiras, refletindo a interconexão entre os mercados globais.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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