Carteira teórica está em avanço neste pregão, com a semana que começou tenebrosa nas bolsas no mundo. Bolsa brasileira acompanhou, balanços recheados de bons resultados.
Como é bom ver o Ibovespa superando os 130 mil pontos novamente. Desde o final de fevereiro, o índice não atingia esse patamar. Naquela época, a situação era bem diferente, com o Ibovespa em queda, ao contrário do que vemos agora. Com o avanço registrado hoje, a carteira teórica está aproximadamente 3% abaixo de sua máxima, alcançada no final do ano passado.
O desempenho do Ibovespa tem sido um reflexo da recuperação do mercado financeiro. O índice é um termômetro importante para os investidores, mostrando a tendência do mercado de ações. Com a valorização recente, muitos estão otimistas em relação às perspectivas futuras. É sempre bom acompanhar de perto o Ibovespa e suas movimentações.
Ibovespa segue em alta na semana que começou tenebrosa
Em uma semana que começou tenebrosa, com o afundamento de bolsas no mundo todo, o índice brasileiro se saiu bem e conseguiu apagar as perdas do mês. Agora, segue rumo ao quarto mês de ganhos, se afastando cada vez mais no vale que vivenciou, quando chegou a cair em torno de 8% no primeiro semestre deste ano. A sexta-feira reservou uma surpresa feliz aos investidores de bolsa, com alta forte de 1,52%, aos 130.615 pontos. Na semana, o avanço é de 3,78% e de 2,32% no mês. Contudo, no ano, ainda há perdas de 2,66%. O giro financeiro foi forte, de R$ 20,4 bilhões, muito acima da média diária de R$ 16,6 bilhões nos últimos 12 meses. A bolsa brasileira acompanhou o ritmo dos ânimos globais renovados com uma certeza cada vez mais forte de que os juros irão cair em setembro nos Estados Unidos, sem que necessariamente haja uma recessão. A temporada de balanços, recheada de bons resultados, em sua maioria, também ajudou. Nem a decepção com o balanço da Petrobras, que derrubou as ações, fez efeito na chuva de apetite a risco desta sexta. Tampouco uma inflação oficial acima da expectativa, a maior para julho desde 2021. Comentários duros do diretor do Banco Central Gabriel Galípolo também ajudaram a embalar a bolsa brasileira em um doce ritmo de alta. Ao falar sobre a projeção de inflação para 3,2%, ele, que é um dos mais cotados para assumir a presidência da autoridade monetária em 2025, deixou claro que o patamar está acima da meta e merece atenção. É importante dizer que em nenhum momento isso significava uma leniência sobre cumprir a meta de 3%. De nenhuma maneira a banda é utilizada para que você vá reduzir o esforço da política monetária, afirmou na tarde de ontem. Embora tenha avançado ligeiramente acima do esperado, os preços dos alimentos se mostraram em queda. ‘O IPCA praticamente em linha com o esperado ajudou a aliviar a nossa curva de juros, que está caindo bem hoje. A queda do dólar também está contribuindo com essa queda, o que indica que o impacto do dólar na inflação pode ser menor do que o mercado esperava, já que saiu de R$ 5,80 para R$ 5,50 hoje’, aponta Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital. O dólar comercial teve queda de 1%, negociado a R$ 5,51, mas chegou a ser vendido a R$ 5,49 durante a sessão. A moeda acumula queda de 2,47% no mês e avanço de 13,64% no ano. Entenda porque o Japão fez o dólar subir no Brasil. O dólar mais barato contribui para a estabilidade da inflação. E menos inflação tira a pressão sobre os juros. Praticamente em toda a curva, que estava bastante pressionada, houve recuo no prêmio de risco. As falas de Galípolo e o IPCA também se refletiram nos juros. As taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 se mantiveram estáveis em 10,73%. Prêmios em contratos de mais curto prazo estão mais ligados às expectativas de investidores para a Selic; Já para janeiro de 2034, passaram de 11,74%.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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