Investidores recuam de títulos isentos devido ao risco de taxação extra. Alocadores recomendam diversificação.
A busca por investimentos isentos de imposto sobre a renda perdeu fôlego nos últimos dias. Após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar a possibilidade de instituir um imposto de até 10% sobre os rendimentos que ultrapassam os R$ 600 mil por ano (ou R$ 50 mil por mês), os especialistas financeiros recomendam ter mais cautela com esse tipo de aplicação.
O principal motivo é que a taxação, que pode ser considerada uma espécie de imposto sobre a renda, pode afetar diretamente o rendimento dos investimentos. Além disso, a imposto sobre o patrimônio também pode ser uma preocupação para aqueles que possuem um patrimônio líquido elevado. É fundamental ter em mente que o imposto é uma obrigação inescapável.
Impacto do Novo Imosto na Renda Fixa
O investimento isento de imposto de renda pode ter um desempenho pior do que a renda fixa não isenta caso seja taxado. Isso ocorre porque o tributo incide sobre o rendimento, o que não isentará ativos comprados antes da mudança de regra. Essa mudança gera insegurança na precificação dos ativos. O leilão ‘Rota da Celulose’, que prevê a concessão de trechos de rodovias, foi adiado devido à volatilidade do mercado e ao aumento das taxas futuras de juros. Os investidores também calculam o impacto do novo imposto, que incidirá em 2026 e trará um novo componente de análise para a carteira.
Como o Novo Imosto Afetará os Investidores
O novo imposto incidirá sobre os rendimentos acima de R$ 600 mil por ano para quem tiver uma alíquota efetiva menor que 10%. Isso significa que os investidores precisarão calcular o impacto do imposto complementar. Quem estiver abaixo da alíquota de 10% pagará o imposto complementar. A fonte de renda do investidor será importante na decisão de investimento. Quem é CLT terá mais espaço para ter isentos na carteira do que aquele que tem sua fonte de renda em dividendos.
Simulação do Aumento da Carga Tributária
Um especialista fez uma simulação de quanto aumentaria a carga tributária de investidores para quem tem rendimento anual de R$ 1,2 milhão. A carga tributária para a renda fixa não isenta considerada foi de 15%, elegível para investimentos com mais de dois anos. Não foi considerada a hipótese de tributação de dividendos na fonte. O primeiro exemplo é um executivo CLT que recebe R$ 1 milhão de salário anual e ainda tem de rendimentos R$ 100 mil em renda fixa isenta e outros R$ 100 mil em títulos não isentos. Ele não seria afetado pela medida, pois sua alíquota efetiva já é maior que 10%.
Fonte: @ NEO FEED
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