Indicador de Preços ao Produtor fechou o ano em 6,4%, com alta nos preços de Matérias-Primas Brutas e Bens Finais, superando o Índice de Preços ao Consumidor.
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma variação de 0,94% em dezembro, mostrando uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando havia registrado uma alta de 1,30%. Essa taxa de inflação foi abaixo das estimativas das 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que variavam de 0,98% a 1,2%, com uma mediana de 1,08%. A inflação é um fenômeno econômico complexo que afeta a economia de maneira ampla.
É importante notar que o IGP-M é um índice que mede a variação de preços de uma cesta de bens e serviços e é amplamente utilizado como uma medida da inflação. A desaceleração da inflação em dezembro pode indicar uma queda de preços em alguns setores, o que pode ser um sinal de que a economia está começando a se estabilizar. Além disso, a variação de preços em dezembro foi influenciada por fatores como a desaceleração da demanda e a queda de preços de alguns bens e serviços. Com esse resultado, o índice encerra o ano de 2024 com uma alta acumulada de 6,54%.
Inflação: Entendendo os Índices de Preços
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é um importante indicador de inflação no Brasil. Em dezembro de 2023, o IGP-M apresentou uma variação de 0,74% no mês e uma queda de 3,18% em 12 meses.
De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, ‘commodities, preços administrados e mão-de-obra influenciaram os resultados dos índices componentes do IGP-M’. No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), o preço do café foi o principal destaque, registrando uma alta de 28,82% influenciada pelo clima e pelo câmbio.
Com um peso de 60%, o IPA-M subiu 1,21% em dezembro, menos do que a taxa de 1,74% observada em novembro. O grupo de Bens Finais subiu 0,83% em dezembro, taxa inferior em relação ao mês anterior, quando registrou alta de 1,25%.
O grupo Matérias-Primas Brutas subiu 2,35% em dezembro, após registrar alta de 3,90% em novembro. A desaceleração desse grupo foi influenciada principalmente por itens chave, tais como soja em grão, que recuou de 4,80% para -2,34%, bovinos, cuja taxa desacelerou de 13,57% para 2,50%, e milho em grão, cuja taxa recuou de 8,85% para 2,12%.
Em contrapartida, café em grão acelerou fortemente, de 6,01% para 28,82%, minério de ferro, que subiu de 2,37% para 6,21% e das aves, cuja taxa passou de 0,34% para 2,44%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) registrou taxa de 0,12%, apresentando aceleração em relação a novembro, quando o índice teve um aumento de 0,07%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, seis apresentaram avanços nas suas taxas de variação.
Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: tarifa de táxi (0,57% para 6,19%), passagem aérea (-1,92% para -0,66%), frutas (-1,27% para 0,66%), cigarros (3,86% para 6,43%) e carnes (2,36% para 3,14%). O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) registrou taxa de 0,53%, influenciado principalmente por reajustes salariais.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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