Equipe de pesquisadores coleta testemunhos revelando história do bioma e impactos climáticos. Material recuperado ajuda a entender riscos ambientais.
No Pará, teve início o Projeto científico de perfuração da Amazônia, liderado pela equipe de pesquisadores da USP e técnicos da Geosol. O Projeto científico de perfuração tem como objetivo explorar os recursos naturais da região de forma sustentável, visando o avanço da ciência e preservação do meio ambiente.
A próxima etapa do Megaprojeto científico de perfuração envolverá o avanço da perfuração da Amazônia em direção ao Acre, seguindo o trajeto do Projeto de Perfuração Transamazônica. A expectativa é que a Perfuração da Amazônia traga novos dados e descobertas importantes para a comunidade científica e para a preservação da biodiversidade na região.
Projeto científico de perfuração: Explorando a origem da Amazônia
O Megaprojeto científico de perfuração está em pleno andamento, com a equipe de pesquisadores realizando operações de sondagem no município de Rodrigues Alves, no norte do Acre. O Projeto de Perfuração já resultou na coleta de 870 metros de testemunhos contínuos a 923 metros de profundidade. O material recuperado, segundo o pesquisador André Sawakuchi, do Instituto de Geociências da USP, é fundamental para estudar a história da Amazônia.
As amostras coletadas, conhecidas como Testemunho coletado, são essenciais para compreender as práticas agrícolas dos povos indígenas e os riscos ambientais em tragédias climáticas. Trata-se de amostras cilíndricas de rochas sedimentares da era geológica do Cenozóico, abrangendo os últimos 23 milhões de anos.
A segunda fase do Projeto científico de perfuração ocorre agora no município de Bagre, na Ilha do Marajó, no Pará. A Perfuração da Amazônia teve início no domingo (19), às 15h30, e prevê alcançar até 1.250 metros de profundidade. O equipamento de sondagem percorreu cerca de 3800 quilômetros de trajeto de balsa via rios Juruá, Solimões e Amazonas, saindo de Rodrigues Alves, no Acre, até chegar à região paraense no dia 31 de março.
A equipe, composta por Técnicos da Geosol e outros especialistas, acredita que a perfuração na Ilha do Marajó permitirá não só estudar a Amazônia, mas também reconstituir a história do Cerrado e do clima da região centro-oeste do Brasil. As amostras serão analisadas em universidades do Brasil, França, Panamá, Holanda, Dinamarca, entre outros países, incluindo o repositório do ICDP, na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.
O investimento total do Projeto de Perfuração é de cerca de US$ 3.9 milhões, com financiamento do ICDP, National Science Foundation (NSF), Smithsonian Tropical Research Institute (STRI) e FAPESP. A FAPESP também contribuiu com investimentos em bolsas de pesquisa e outros recursos do projeto, demonstrando o comprometimento com a pesquisa científica na região.
Fonte: @ Terra
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