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Investidor local encerrou mês com saldo negativo de R$ 3,12 bi, mas mantém superávit anual de R$ 3,13 bi, apesar da alta dos juros e flexibilização monetária.
Os estrangeiros continuam a registrar saídas líquidas da bolsa brasileira pelo quinto mês seguido em maio, igualando a maior sequência de retiradas mensais da categoria desde 2021, de acordo com dados do Valor Data.
Em meio a esse cenário, a presença de não-residentes tem sido impactada, levando a uma análise mais aprofundada sobre as estratégias adotadas pelos investidores internacionais no mercado brasileiro. É importante considerar a volatilidade atual e as perspectivas futuras para atrair novamente o interesse dos estrangeiros na bolsa de valores do Brasil.
Impacto dos Investidores Estrangeiros no Mercado de Ações Brasileiro
De acordo com informações recentes divulgadas pela B3, os estrangeiros encerraram o último mês com um déficit de R$ 1,63 bilhão no mercado secundário de ações, elevando o saldo negativo acumulado em 2024 para R$ 35,89 bilhões. A sequência de saques realizados por investidores estrangeiros parece ser influenciada por uma série de fatores, tanto locais quanto globais.
No cenário global, destaca-se a elevação dos juros nos Estados Unidos nos últimos meses, o que impacta a atratividade de ativos de países emergentes. Desde o início do ano, o mercado tem projetado uma postura mais conservadora do Federal Reserve, adiando as expectativas de flexibilização monetária e redução das taxas de juros. Isso tem levado os títulos do Tesouro americano a oferecerem retornos mais atrativos, desviando recursos de nações consideradas mais arriscadas, como o Brasil.
Andres Abadia, economista-chefe para América Latina da Pantheon Macroeconomics, ressalta a alta correlação entre o desempenho do Ibovespa e os Treasuries americanos, indicando que o fluxo de investimento estrangeiro para o mercado acionário brasileiro pode permanecer contido mesmo com possíveis cortes de juros pelo Fed. A percepção de risco global continua sendo um fator determinante nesse cenário.
A Pantheon prevê que o Federal Reserve iniciará cortes nas taxas de juros a partir de setembro deste ano. Abadia acredita que o Ibovespa poderá ter um desempenho mais positivo a partir do quarto trimestre, caso ocorra uma melhora nas condições econômicas globais. Por outro lado, questões como instabilidade macroeconômica, déficits fiscais elevados, volatilidade dos juros e preocupações com governança corporativa têm pesado na visão dos investidores estrangeiros em relação ao mercado acionário brasileiro.
No contexto local, os investidores institucionais encerraram o mês com um saldo negativo de R$ 3,12 bilhões, porém mantêm um superávit de R$ 3,13 bilhões no ano. Já os investidores individuais registraram um superávit de R$ 2,43 bilhões em maio, acumulando um saldo positivo de R$ 19,19 bilhões em 2024. A análise do impacto dos estrangeiros no mercado de ações brasileiro continua sendo um tema relevante e em constante evolução.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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