Cesar Gon, CEO da Ci&T, acredita que tecnologia esteja subestimada para a próxima década, com ganhos de eficiência e empresas mais expostas aos consumidores.
A ascensão da inteligência artificial tem despertado um grande interesse entre os investidores ao redor do mundo. No entanto, especialistas alertam que 2025 pode trazer uma nova perspectiva sobre o desenvolvimento das tecnologias de IA, com um foco maior na ética e transparência dos algoritmos.
Embora muitos vejam a IA como uma solução para diversos problemas, é importante considerar os desafios éticos envolvidos. A integração de sistemas de inteligência artificial em diversas áreas da sociedade traz consigo a responsabilidade de garantir a segurança dos dados e a igualdade de acesso à tecnologia.
Inteligência artificial: o futuro da tecnologia
Essa é a visão de Cesar Gon, CEO da CI&T, empresa de tecnologia da informação e desenvolvimento de software, que falou sobre o assunto em um painel do fórum de investimentos anual promovido pelo Bradesco BBI. Segundo o especialista, há muita expectativa sobre essas plataformas. Contudo, existe um limite de disponibilidade de dados.
‘Acessar texto é muito mais fácil do que imagens e vídeos: ambos os recursos costumam ter direitos autorais que impedem o seu uso, diferente do texto, que geralmente já está em domínio público’. Além disso, aponta, recursos multimídia são mais dependentes das unidades de processamento gráfico (GPUs) e demandam maior poder de computação e energia.
Ou seja, exigem mais investimentos para que sejam processados pela tecnologia. Esses obstáculos não são simples de serem ultrapassados, e demandam tempo. Por conta disso, Gon acredita que a tecnologia esteja ‘superestimada’ para os próximos dois anos, e subestimada para os próximos dez.
Como escolher empresas para investir na era da inteligência artificial
Para o especialista, empresas mais expostas aos seus consumidores serão as primeiras a usar a tecnologia, e o primeiro parâmetro de que estão prontas para utilizá-la será a maturidade de sua base de dados. ‘Não bastará ter quantidade, mas também uma cultura de manejar e tratar esses dados’.
Sinais de que uma empresa poderá ter ganhos de eficiência e produtividade com a inteligência artificial e, como consequência, ser alvo de investimentos, é verificar se ela trata a tecnologia como estratégia, e se há conhecimento sobre tecnologia pelos membros da direção e conselho.
‘Acho ingenuidade que uma empresa que não usa tecnologia em seus processos acredite que vá se transformar em uma empresa que usa IA em dois ou três anos. A Magazine Luíza é um caso de empresa que usa tecnologia em seu negócio, mas essa transformação levou décadas’, conclui Gon.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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