Os irmãos e acionistas controladores voltarão ao conselho de administração da empresa de alimentos após oito anos, conforme registrado na ata do conselho.
O famoso ditado ‘quem não tem cão, caça com gato’ pode ser aplicado de diversas formas no mundo dos negócios. No universo da JBS, multinacional brasileira do setor de alimentos, essa expressão ganha ainda mais relevância. A empresa, que é líder mundial em proteína bovina, mostra que, quando se trata de expansão e crescimento, os próprios donos são fundamentais.
Recentemente, os irmãos Joesley e Wesley Batista, que estão à frente da companhia, estão mais uma vez atuando de forma estratégica para impulsionar os negócios. A presença ativa dos sócios na gestão da JBS é um reflexo da sua forte influência e dedicação à empresa. E, com essa abordagem centrada nos proprietários, a empresa segue em constante evolução no mercado global de alimentos.
JBS anuncia retorno de Joesley e Wesley Batista ao conselho de administração
A JBS divulgou em ata do conselho a volta dos irmãos Joesley e Wesley Batista ao conselho de administração da empresa, após 8 anos afastados do board devido ao famoso ‘Joesley Day’. Com essa decisão, o número de membros do conselho passará de 9 para 11, sendo sete deles independentes.
É destacado por uma fonte que está a par do assunto que, como controladores da maior empresa de alimentos do mundo, os Batista têm presença natural no conselho. Isso é comparado a outras empresas importantes, como Cosan sem Ometto, Gerdau sem os Gerdau, BTG sem Esteves ou MRV sem os Menin.
JBS planeja lista de suas ações nos Estados Unidos
Joesley e Wesley já são membros do conselho da Pilgrim’s Pride, empresa controlada pela JBS, com ações listadas na Nasdaq, e possuem conhecimento do mercado americano. Eles foram responsáveis pela expansão global da companhia, que atualmente conta com 270 mil funcionários em cinco continentes e está presente em 190 países.
O retorno dos irmãos ao conselho da empresa em um momento crucial, pois a JBS tem o objetivo de listar suas ações nos Estados Unidos. O processo de listagem, anunciado publicamente em julho do ano passado, prevê a negociação das ações da companhia na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), com previsão de conclusão até o final deste semestre.
A dupla listagem da JBS e seu impacto no mercado global
O CEO global da JBS, Gilberto Tommazoni, menciona que a listagem das ações nos EUA tem potencial para aumentar significativamente o valor de mercado da empresa. Em 26 de março, a JBS tinha um valor de mercado de R$ 49,6 bilhões na B3.
Essa dupla listagem oferece mais flexibilidade para a JBS financiar seu crescimento através de equity, além de dívida. Isso possibilita a realização de aquisições transformacionais e gera um destravamento de valor para a companhia, como destacado por Tomazoni ao anunciar a operação.
Vantagens da listagem nos EUA para a JBS
Em conversas recentes, o CFO Guilherme Cavalcanti salientou que a falta de listagem nos EUA limita a base de investidores da empresa. Ao listar na Nyse, a JBS teria acesso a um mercado 50 vezes maior em termos de liquidez do que na B3.
Grandes fundos passivos, que acompanham os índices americanos, poderiam incluir a JBS em suas carteiras. Essa movimentação abre caminho para o incremento de investimentos e a entrada em um mercado mais amplo e líquido.
Fonte: @ NEO FEED
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