Banco dos EUA mantém perfil defensivo com menor alocação em ações, maior exposição a commodities e mercados à vista.
Apesar dos recordes recentes das bolsas de Nova York, o J.P. Morgan manteve a sua previsão de que o S&P 500 terminará o ano de 2024 com 4,2 mil pontos, o que representaria uma queda de cerca de 20% em relação ao nível atual, ao redor de 5,3 mil pontos.
Com essa previsão, o J.P. Morgan reforça sua análise sobre o mercado financeiro, mantendo-se firme em suas projeções. O JPMorgan também compartilha dessa visão, destacando a importância de se preparar para possíveis cenários de oscilação nos índices econômicos.
J.P. Morgan: Estrategistas-chefes analisam os últimos mercados de valores
J.P. Morgan, um dos grandes nomes de Wall Street, destaca-se como um dos bancos mais pessimistas em relação às ações americanas. Enquanto o Morgan Stanley ajusta suas projeções para o S&P 500, prevendo um fechamento do ano com 5,4 mil pontos, o JPMorgan, em seu relatório, reconhece que a postura negativa no mercado de ações dos EUA resultou em perdas para o banco.
O estrategista-chefe de mercados do J.P. Morgan, Marko Kolanovic, reconhece os desafios atuais, mencionando que os juros restritivos e a persistente alta da inflação estão impactando o mercado. Além disso, ele aponta que os investidores estão enfrentando altos níveis de incerteza geopolítica, o que contribui para a visão cautelosa do banco.
Kolanovic ressalta que, apesar de alguns setores específicos, como a demanda por chips de inteligência artificial, apresentarem potencial de crescimento, esses não são suficientes para superar os obstáculos atuais. Por isso, o J.P. Morgan opta por manter um perfil defensivo em seu portfólio, com menor exposição a ações e crédito, e maior foco em commodities e mercados à vista.
No que diz respeito às ações, o estrategista prefere empresas japonesas e chinesas em detrimento das americanas. Ele destaca que as empresas japonesas estão se beneficiando da inflação e das políticas do Banco do Japão, enquanto as chinesas estão atraentes devido a medidas de flexibilização e baixas valuations.
Além disso, o J.P. Morgan ajustou sua exposição ao mercado de crédito dos EUA em comparação com o da Europa, considerando os diferentes cenários de aperto quantitativo pelo Federal Reserve e o crescimento econômico na zona do euro.
Em suma, os estrategistas-chefes do J.P. Morgan estão atentos aos recordes e tendências dos mercados de valores, buscando se posicionar de forma estratégica diante das oscilações e desafios presentes no cenário financeiro global.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo