Magistrada sugeriu durante áudiencia que advogada levante sua parcialidade: possível erro em outras testemunhas, com maior prazer, julgar processo a menos.
Em uma audiência virtual ocorrida recentemente, a juíza do Trabalho Cleuza Gonçalves Lopes, da 18ª vara de Goiânia/GO, manifestou sua irritação e proferiu palavras ofensivas após ser questionada por uma advogada sobre a ata. A advogada apontou uma possível falha no documento, e a magistrada respondeu de forma ríspida: ‘A ata é minha, eu escrevo o que eu quiser nela. Que diferença faz essa audiência?’
No decorrer do encontro virtual, a situação se intensificou quando a advogada insistiu na questão da ata, levando a uma troca de palavras acalorada entre as partes. A juíza reiterou sua posição, destacando sua autoridade na elaboração do documento. A tensão durante a sessão evidenciou a importância da comunicação respeitosa e da colaboração mútua entre os profissionais envolvidos em processos judiciais.
Discussão sobre a Áudiencia Virtual na 18ª Vara do Trabalho de Goiânia
Durante uma áudiencia virtual na 18ª Vara do Trabalho de Goiânia, a juíza fez uma observação irônica em relação à afirmação da advogada de que outras testemunhas não teriam sido tratadas da mesma forma. Ela destacou que, se questionada sobre sua parcialidade, não hesitaria em se declarar parcial. Com o maior prazer, ela afirmou que seria um processo a menos para julgar, enfatizando que, com 300 processos por mês, isso não faria diferença em sua carga de trabalho.
A magistrada expressou seu desagrado com as áudiencias virtuais, mencionando que todos se sentem no direito de agir como juízes durante esses encontros online. Ela ressaltou a falta de respeito e a postura arrogante que algumas pessoas adotam nesses contextos, o que dificulta o andamento adequado das sessões.
Em relação à repercussão do caso, o TRT-18 emitiu uma nota enfatizando a importância do respeito mútuo, urbanidade e cooperação entre os órgãos do sistema de Justiça. O tribunal reafirmou seu compromisso com relações harmoniosas e respeitosas com a advocacia ao longo de seus anos de existência.
É importante destacar que as publicações sobre a áudiencia virtual em questão estão relacionadas a um processo sob segredo de justiça, o que torna a divulgação de informações sobre o caso uma violação legal. O TRT-18 se colocou à disposição para possíveis recursos ou reclamações das partes envolvidas, tanto nas instâncias administrativas quanto judiciais.
Por fim, a OAB/GO e a Associação Goiana da Advocacia Trabalhista manifestaram repúdio à postura da magistrada durante a áudiencia virtual. As entidades enfatizaram a importância do respeito mútuo entre as partes em um processo judicial, destacando que a liberdade de expressão na advocacia e o respeito mútuo são fundamentais para a administração adequada da Justiça.
A urbanidade no trato processual foi ressaltada como uma exigência legal e ética que deve ser seguida por todos os profissionais do Direito, especialmente pelos magistrados, que têm a responsabilidade de conduzir os processos com equilíbrio e imparcialidade.
Fonte: © Migalhas
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