Falta de transparência nas redes sociais sobre mecanismos de segmentação de anúncios e controle sobre quem pode anunciar.
A transparência é um dos principais temas que estarão em pauta no G20, que reunirá líderes das maiores economias do mundo no Rio de Janeiro, em novembro. A discussão sobre a regulação de anúncios em redes sociais é um dos assuntos que busca garantir a transparência e a responsabilidade nas plataformas digitais.
Para alcançar esse objetivo, é fundamental promover a clareza e a visibilidade nas informações divulgadas nas redes sociais, permitindo que os usuários tenham acesso a informações precisas e confiáveis. Além disso, a abertura para o diálogo e a colaboração entre os líderes mundiais é essencial para encontrar soluções eficazes para os desafios globais discutidos na cúpula. A transparência é a chave para um futuro mais justo e transparente.
Transparência nas Redes Sociais: Um Desafio Global
Um grupo de seis pesquisadores de diferentes países, incluindo o Brasil, Estados Unidos, Irlanda e Tailândia, realizou uma análise aprofundada sobre a transparência nas redes sociais em um documento do T20, braço do G20 para think tanks, que funcionam como grupos de reflexão de políticas públicas. Entre os brasileiros, estão Rose Marie Santini, professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Débora Salles, doutora em Ciência da Informação pela UFRJ, e Humberto Ribeiro Filho, diretor do Sleeping Giants Brasil.
Os pesquisadores analisaram documentos públicos e termos de uso das principais redes sociais, além de estudos de caso específicos para os quatro países. O relatório destaca a falta de clareza e visibilidade nos mecanismos de segmentação de anúncios e o controle baixo sobre quem pode anunciar nas redes sociais. A abertura e a transparência são fundamentais para garantir que os anúncios sejam transparentes, auditáveis e respeitem as leis locais.
Desafios na Regulação de Anúncios
Apesar das evidências de um ecossistema online de anúncios suspeitos, falsos, fraudulentos e outros tipos de golpes em diferentes países, as propostas regulatórias enfrentaram forte oposição de grandes empresas de tecnologia. O documento indica que existem disparidades na forma como as redes sociais lidam com anúncios ao redor do mundo, em especial com propagandas políticas. A transparência é essencial para garantir três tipos de liberdades: livre concorrência de mercado, soberania nacional e liberdade de escolha para consumidores e cidadãos.
Os pesquisadores recomendam que os cidadãos de todos os lugares tenham ferramentas acessíveis para entender por que foram alvos de certos anúncios, como seus comportamentos online influenciam os sistemas de recomendação de anúncios e, finalmente, como podem optar por não participar. Além disso, defendem regulações que levem a uma padronização dos critérios para verificar quem pode anunciar em redes sociais e que se inspirem em boas práticas internacionais, como as da União Europeia. A transparência e a clareza são fundamentais para garantir que os anúncios sejam transparentes e respeitem as leis locais.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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