Apoio financeiro à Ucrânia é o tema principal do encontro na Itália, com presença do presidente ucraniano. O Brasil participa como convidado.
A Reunião do G7, na Itália, segue para o segundo e último dia nesta sexta-feira (14) com uma polêmica em torno da inclusão de uma referência ao direito ao aborto legal e seguro no texto final do encontro dos líderes das nações.
No segundo dia, a discussão sobre a interrupção da gravidez ganha destaque, com as negociações em andamento para decidir se o procedimento de interrupção da gravidez será mencionado no documento final do encontro internacional.
Discussão sobre o Direito ao Aborto na Cúpula do G7
Joe Biden, Emmanuel Macron, Olaf Scholz e Justin Trudeau, os líderes dos Estados Unidos, França, Alemanha e Canadá, respectivamente, estiveram envolvidos em uma discussão intensa durante a cúpula do G7. O tema principal em questão era a inclusão da frase que defendia o aborto seguro e legal. No entanto, houve uma interrupção nos bastidores com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, uma opositora do direito ao aborto, que exigiu a exclusão desse trecho do texto.
A primeira-ministra italiana revelou em uma biografia que sua mãe considerou a interrupção da gravidez quando estava grávida dela. Em abril, o governo italiano autorizou grupos antiaborto a atuarem dentro das clínicas de interrupção da gravidez, visando dissuadir as mulheres.
No encontro do G7 do ano passado, o documento final defendia o direito ao aborto seguro e legal. No entanto, neste ano, a expressão não deve ser incluída devido à insistência da primeira-ministra Meloni. Autoridades informaram que diplomatas de várias nacionalidades pressionaram pela inclusão da frase no texto.
Biden, que está em campanha para reeleição nos EUA e defende o direito ao aborto, chegou a ameaçar não assinar o documento se a frase não fosse incluída. Diplomatas afirmaram que a questão era crucial para Meloni, resultando na exclusão da expressão do texto final.
Durante entrevistas, Macron e Meloni abordaram o tema de forma indireta. Macron mencionou a igualdade de gênero na França, enquanto Meloni criticou a utilização do G7 para campanhas eleitorais.
A Cúpula do G7, que teve início na Itália, contou com a presença de líderes e convidados, incluindo o presidente Lula. O foco principal do encontro era a ajuda à Ucrânia em meio ao conflito com a Rússia. Antes da cúpula, os líderes do G7 concordaram em destinar US$ 50 bilhões para a Ucrânia este ano, utilizando ativos russos congelados.
O evento ocorreu em meio a pressões políticas, especialmente após os recentes avanços da extrema direita nas eleições europeias e nos EUA. A discussão sobre o direito ao aborto revelou divergências entre os líderes presentes, destacando a complexidade dessas questões em fóruns internacionais.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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